03 jul, 2023 - 05:41 • Redação com Lusa
As autarquias francesas manifestam-se contra o atentado que visou o presidente da câmara de L'Hay-les-Roses, Vincent Jeanbrun, considerado o incidente mais grave registado nas cinco noites de tumultos em França.
Enquanto trabalhava na Câmara Municipal, indivíduos conduziram um carro em chamas contra a casa onde se encontrava a mulher e os dois filhos de cinco e sete anos. Uma das crianças teve de ser tratada devido a ferimentos, tal como a mãe, que partiu uma perna.
O presidente da Associação dos Autarcas de França (AMF), David Lisnard, convocou para as 12h00 desta segunda-feira uma manifestação em frente das câmaras municipais de todo o país.
O presidente Emmanuel Macron deverá reunir-se com os presidentes do Senado (câmara alta do parlamento francês), Gérard Larcher, e da Assembleia Nacional (câmara baixa), Yaël Braun-Pivet.
Na terça-feira, o chefe de Estado francês irá receber no Eliseu cerca de duas centenas de autarcas dos municípios afetados pelos tumultos dos últimos dias.
O governo francês voltou a mobilizar no domingo 45.000 agentes policiais para lidar com os protestos que decorrem no país há várias noites consecutivas, após a morte do jovem Nahel Merzouk, ocorrida na passada terça-feira em Nanterre, nos arredores de Paris.
De acordo com um novo relatório do Ministério do Interior, foram detidas 157 pessoas durante a noite de domingo. Registaram-se 352 incêndios na via pública, 297 veículos incendiados e 34 danos em edifícios, incêndios ou tentativas de incêndio.
Três polícias e gendarmes ficaram feridos e uma esquadra de polícia e um quartel da gendarmaria ficaram danificados.
[notícia atualizada às 07h37 de 3 de junho de 2023]