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Cimeira NATO

Erdogan. Adesão da Suécia será ratificada "logo que possível", mas nunca antes de outubro

12 jul, 2023 - 18:06 • Lusa

Presidente turco alertou para as férias parlamentares durantes os próximos dois meses e que, depois disso, há "muitas propostas legislativas" que serão discutidas por ordem de importância.

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O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse esta quarta-feira que o parlamento turco ratificará "logo que possível" a adesão da Suécia à NATO, mas nunca antes do próximo mês de outubro.

“Existem férias parlamentares de dois meses e muitos acordos internacionais para examinar, muitas propostas legislativas que devem ser discutidas por ordem de importância”, sublinhou o chefe de Estado turco em declarações aos ‘media’ à margem da cimeira da NATO que terminou esta quarta-feira em Vilnius, na Lituânia.

“Mas temos a intenção de terminar com o processo o mais cedo possível”, assegurou Erdogan.

E prosseguiu: “Quando o parlamento abrir a sessão, penso que o seu presidente estará de acordo em fornecer prioridade a este acordo face aos restantes acordos internacionais”.

Na segunda-feira, Erdogan pôs termo a 14 meses de bloqueio ao levantar o seu veto de adesão da Suécia à NATO.

No entanto, o chefe de Estado turco advertiu Estocolmo contra novos atentados ao Corão, livro sagrado do islamismo.

“Esperamos que a Suécia não tolere mais ataques contra o Corão que ofendem mais de dois mil milhões de muçulmanos no mundo”, disse.

Por duas vezes nos últimos meses, a última em finais de junho, páginas do Corão foram queimadas em manifestações públicas na Suécia, ações qualificadas como “terroristas” e “bárbaras” por Erdogan.

Apesar de a queima do Corão ter sido condenada pela diplomacia sueca, o Governo de Estocolmo recordou, nomeadamente em relação ao último protesto, que este tinha sido autorizado em cumprimento do direito à liberdade de expressão.

O mundo muçulmano protestou com veemência em reação à queima do Corão, com vários países a chamarem os embaixadores suecos presentes nas respetivas capitais, como foi o caso da Arábia Saudita, Marrocos, Jordânia e Emirados Árabes Unidos.

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