14 jul, 2023 - 12:43 • Lusa
Várias cidades chinesas estão a disponiblizar abrigos aéreos para os seus residentes escaparem à vaga de calor que atinge parte do país, com as temperaturas a ultrapassarem os 40 graus e a causarem a morte de galinhas e porcos.
As temperaturas dentro de alguns abrigos, construídos para acolher população no caso de um ataque aéreo, são cerca de 10 graus mais baixas do que no exterior, tornando-os em locais de eleição para estudar, jogar xadrez, praticar pingue-pongue ou ler livros, segundo a imprensa local.
Dois abrigos em Wuhan, a capital da província de Hubei, no centro da China, vão funcionar 12 horas por dia até setembro. Seis abrigos antiaéreos, com capacidade para acomodar até 2.000 pessoas, em Hangzhou, a capital da província de Zhejiang, no leste da China, foram equipados com ligação gratuita à Internet, bebidas e medicamentos para insolação.
Hangzhou também designou áreas específicas dentro de sete linhas do metro como áreas de descanso, onde cadeiras são fornecidas para os passageiros se refrescarem, de acordo com o jornal ThePaper.cn.
Além de Wuhan e Hangzhou, abrigos antiaéreos estão a ser usados para as populações se refugiarem do calor extremo em Xi'an, na província de Shaanxi, e Nanjing, a capital da província de Jiangsu.
O Centro Meteorológico Nacional da China emitiu este verão 43 avisos de temperatura alta, incluindo 27 avisos amarelos e 16 avisos laranjas, o terceiro e o segundo nível mais alto, respetivamente.
A morte de vários animais foi atribuída ao calor extremo: uma falha no fornecimento de energia numa fazenda em Harbin, na província de Heilongjiang, levou à morte de 462 porcos. Em Suizhou, província de Hubei, uma falha no sistema que aciona os ventiladores, levou à morte de mais de 4.000 galinhas, devido ao calor extremo.
A chegada do fenómeno climático El Niño levou a um aumento das temperaturas a nível mundial. Em julho, foram registados os dez dias mais quentes a nível global desde que há registos.
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