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PP ganha as eleições mas pode não conseguir formar governo

23 jul, 2023 - 22:37 • João Carlos Malta

As eleições deste domingo prometem baralhar o sistema político em Espanha uma vez que nenhum dos partidos obteve maioria. Mesmo as coligações dos blocos de esquerda e direita não dão resultados claros. PP e Vox não alcançaram 176 deputados que permitiria governar em maioria absoluta.

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Pedro Sánchez perdeu as eleições para Alberto Nunez Feijóo, mas ainda pode ser governo. Fotos: EPA
Pedro Sánchez perdeu as eleições para Alberto Nunez Feijóo, mas ainda pode ser governo. Fotos: EPA
Apesar dos resultados pouco claros, na sede do PP viveram-se momentos de euforia. Foto: Javier Lizon/EPA. Foto: Javier Lizon/EPA
Apesar dos resultados pouco claros, na sede do PP viveram-se momentos de euforia. Foto: Javier Lizon/EPA. Foto: Javier Lizon/EPA

O Partido Popular (PP) ganhou as eleições legislativas em Espanha, deste domingo, mas pode não conseguir formar governo. A vitória ficou bastante aquém da expetativa do partido de centro-direita que esperava vencer confortavelmente.

A estação TVE, citando fontes do Partido Popular, afirmou que mesmo sem ter maioria, o líder do partido Alberto Feijóo vai querer formar governo.

Uma versão que se confirmou. No discurso perante os apoiantes no final da noite eleitoral, o líder do PP, Alberto Nunez Feijóo, reclamou vitória nas eleições legislativas e garantiu que vai “abrir o diálogo e tentar governar o país de acordo com os resultados e a vitória eleitoral”.

O PP volta a ser a primeira força política em Espanha, sete anos depois de ter vencido as últimas eleições legislativas.

O partido de Feijóo conquistou 136 deputados, que equivalem a 33,04%. O PSOE ficou com 122 deputados (31,7%), tendo ainda assim mais dois deputados no hemiciclo do que em 2019 e alcançou quase mais 700 mil votos do que há quatro anos.

Ainda assim, a incerteza em relação ao futuro político em Espanha é grande, porque o PP e o Vox não têm maioria para governar. Alcançaram 169 deputados em conjunto, ficando a sete dos 176 necessários.

O PSOE, apesar de o puzzle político não ser fácil de organizar, poderá conseguir ter apoios suficientes para Pedro Sánchez liderar um novo governo.

O líder socialista, Pedro Sanchez, quase que cantou vitória na reação aos resultados deste domingo. "A Espanha foi bem clara. O bloco que promove o retrocesso fracassou", disse a ainda primeiro-ministro espanhol referindo-se ao PP e ao Vox.

O grande derrotado destas eleições foi o Vox que perdeu 19 deputados, em relação há quatro anos, mas ainda assim é a terceira força política. Fica com 33 deputados e perdeu mais de 700 mil votos.

O Sumar, nova coligação de esquerda que foi a votos nestas eleições, lutou até ao fim por ser a terceira força política mais votada, mas teve quase menos 30 mil votos do que o Vox. Elege 31 representantes.

A participação nestas eleições gerais de 23 de julho foi de 70,4%.

Projeções davam melhores perspetivas à direita

A primeira projeção dos resultados das eleições espanholas dava a vitória ao PP de Alberto Feijóo, com a eleição entre 145-150 deputados, ou seja, 34,2% dos votos. A sondagem à boca das urnas foi da responsabilidade da RTVE (televisão pública de Espanha).

O PSOE, de Pedro Sánchez, nesse primeiro momento, era apontado como o segundo partido mais votado com um resultado entre os 113 e 118 deputados, o que significaria uma 28,9%.

De acordo com a sondagem após o fecho das urnas, o Sumar teria entre 28 e 31 representantes, que equivale a 13,3%.

Entre os maiores partidos, o Vox ficaria com uma perspetiva de ter entre 24 e 27 deputados (11,2%).

[notícia editada às 01h00]

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  • Anónimo
    23 jul, 2023 Lisboa 20:00
    O povo espanhol é tão burro... Ainda bem que nos livrámos deles em 1640.

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