31 jul, 2023 - 19:28 • Miguel Marques Ribeiro Lusa
As autoridades sanitárias angolanas estão preocupadas com o aumento de casos de raiva no país, que oscilam entre as 130 e 140 notificações anuais, anunciou esta segunda-feira a Direção Nacional de Saúde Pública.
A situação foi avançada pelo chefe de departamento do Controlo de Doenças da Direção Nacional de Saúde Pública do Ministério da Saúde, José Franco Martins, na abertura de uma conferência sobre a raiva, que decorreu em Luanda.
O responsável frisou que a doença, uma vez adquirida, tem uma letalidade de 100%, adiantando que em função do surto que foi declarado, o Governo fez um aprovisionamento e aquisição emergencial de vacinas e soro, que já foram distribuídos por todo o país.
A raiva transmite-se através do contacto direto com a saliva de animais doentes não vacinados, nomeadamente através de uma mordedura, lambedura ou arranhão.
A forma mais eficaz da prevenção é através da vacinação humana e animal, mas segundo o responsável angolano a estratégia do governo angolano passa também por "informar, educar, o munícipe sobre a observação do comportamento do animal e também ter algum cuidado com a ferida”, na eventualidade de uma mordedura.
Por sua vez, a responsável pela promoção da saúde da Direção Nacional de Saúde Pública do Ministério da Saúde, Joseth Sousa, realçou que a conferência realizada esta segunda-feira tem como objetivo principal a troca de experiências entre especialistas e a interação de todos os intervenientes necessários para controlar o problema em Angola, ainda que a campanha de vacinação animal seja a “estratégia principal" para o controlo sanitário.
Os surtos de raiva são um problema recorrente em Angola. Em março, a Rádio Luanda deu conta da morte de cinco crianças, na sequência da mordedura de cães e gatos.