31 jul, 2023 - 08:20 • Lusa
As autoridades do município de Pequim e de outras regiões do norte da China permanecem em alerta para o risco de inundações, em consequência das chuvas intensas, que levaram à retirada de mais de 31 mil pessoas
Face aos efeitos do tufão Doksuri, que atingiu o sul e o centro da China, na semana passada, os meteorologistas preveem que a capital e o norte do país irão sofrer as chuvas mais fortes em mais de uma década, de acordo com o jornal oficial Global Times.
O Centro Meteorológico Nacional da China manteve o alerta vermelho para tempestades no domingo, o mais alto, numa escala de quatro níveis.
As províncias e regiões próximas de Pequim devem também ser afetadas nos próximos dias.
Até às 23h00 de sábado (16h00 em Lisboa), 31.338 pessoas em Pequim foram transferidas para locais seguros, 4.069 obras foram interrompidas e todos os locais turísticos foram encerrados, informou a televisão estatal CCTV.
Entre as 20:00 (13h00 em Lisboa) de sábado e as 20h00 de domingo, a precipitação média acumulada em Pequim foi de 39,1 milímetros. O recorde foi registado na cidade de Xingtai, na província de Hebei (norte), a cerca de 400 quilómetros da capital chinesa. O nível de precipitação atingiu os 538 milímetros.
O Ministério dos Recursos Hidrológicos do país asiático emitiu no domingo o alerta para inundações em Pequim, Hebei e na cidade de Tianjin, no nordeste do país.
A chuva deve continuar até quarta-feira.
Doksuri é o tufão mais forte a atingir a China este ano e também o segundo mais forte a atingir a província de Fujian desde que há registos, informou o Global Times.
Na semana passada, pelo menos uma pessoa morreu e milhares de casas ficaram sem energia quando o tufão passou por Taiwan, trazendo fortes ventos e chuvas para o sul e leste da ilha.
O Doksuri deixou pelo menos 14 mortos e mais de 300 mil desabrigados nas Filipinas.