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Guerra na Ucrânia

Rússia admite reconsiderar uso de bombas de fragmentação na Ucrânia

15 ago, 2023 - 14:54 • Lusa

Os Estados Unidos anunciaram recentemente o fornecimento deste tipo de bombas ao exército ucraniano, apenas para fins defensivos.

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A Rússia admitiu hoje que poderá reconsiderar a decisão de não utilizar munições de fragmentação face ao fornecimento deste tipo de armamento à Ucrânia pelos Estados Unidos.

“As consequências da utilização deste tipo de armas para a população civil são conhecidas”, disse o ministro da Defesa, Serguei Shoigu numa conferência sobre segurança internacional a decorrer em Moscovo, citado pela agência russa TASS.

As bombas de fragmentação, que dispersam até centenas de munições menores numa área do tamanho de um quarteirão, estão proibidas em mais de uma centena de países desde 2008, quando foi assinada a Convenção sobre Armas e Fragmentação.

Muitas das submunições não explodem de imediato e podem ser acionadas mais tarde de forma acidental por civis.

Os Estados Unidos anunciaram recentemente o fornecimento deste tipo de bombas ao exército ucraniano, apenas para fins defensivos, suscitando críticas da Rússia.

A Ucrânia comprometeu-se a utilizá-las para efeitos de desminagem e apenas contra posições russas, nunca em zonas civis.

“Gostaria de chamar a atenção para o facto de que também temos munições de fragmentação. Até agora, por razões humanitárias, abstivemo-nos de as utilizar. No entanto, esta decisão pode ser reconsiderada”, afirmou Shoigu na conferência em Moscovo.

Shoigu disse que os Estados Unidos declararam anteriormente que “a utilização de munições de fragmentação era um crime de guerra”.

“Hoje, Washington e os seus cúmplices estão a cometer esse crime na Ucrânia. Não há condenações de organizações humanitárias, como seria de esperar”, acrescentou o ministro russo.

A Rússia e a Ucrânia têm-se acusado mutuamente do uso de bombas de fragmentação, mas as informações divulgadas pelas duas partes sobre a guerra não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, mas as forças ucranianas lançaram uma segunda contraofensiva em junho, depois de terem recebido novas armas dos aliados ocidentais.

As autoridades de Kiev têm reconhecido que a contraofensiva tem sido lenta e com resultados modestos.

Além do apoio em armamento, os aliados de Kiev têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. Desconhece-se o número de vítimas do conflito, mas diversas fontes, incluindo a ONU, afirmam que será elevado.

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  • Cidadao
    15 ago, 2023 Lisboa 21:23
    Bombas de fragmentação, misseis de longo alcance, F-16, tanques Abrahms e equipamento de desminagem, e Himars com alcance total, e sobretudo, levantar essa ridícula proibição de armamento Ocidental não poder ser usado contra território Russo. Isto é uma GUERRA, não é uma festa. Se a Rússia consegue o que quer na Ucrânia, nunca mais pára. E aí, um belo dia, não serão só os ucranianos a morrer no campo de batalha: serão Polacos, Lituanos, e... Alemães, Franceses, Italianos e por aí fora. Pensem nisso!

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