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"Operação Lesa Pátria". Polícia brasileira identifica financiadores das invasões de Brasília

17 ago, 2023 - 18:05 • Lusa

Em causa estão os crimes de supressão violenta do Estado de direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e incitação ao crime.

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A Polícia Federal brasileira realiza esta quinta-feira uma operação para identificar as pessoas que terão financiado os atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e saquearam as sedes dos três poderes, em Brasília.

A 14.ª fase da "Operação Lesa Pátria" cumpre dez mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em cinco estados e na capital, Brasília, segundo uma nota da Polícia Federal.

A operação está a ser realizada em Goiás e Brasília, Bahia, Paraíba, Paraná e Santa Catarina.

Segundo as autoridades locais, a ação faz parte das investigações pelos crimes de supressão violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e incitação ao crime.

Da mesma forma, os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) investigados são suspeitos de cometer os crimes de destruição de património com proteção especial e crimes protegidos pelo estatuto da Lei Antiterrorismo.

No dia 8 de janeiro, milhares de 'bolsonaristas' radicais que estavam acampados em frente aos quartéis de várias cidades há mais de dois meses, pedindo intervenção militar para derrubar o recém-empossado Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, atacaram as sedes dos três poderes - Palácio do Planalto (Presidência), Supremo Tribunal e Congresso.

Segundo a polícia, os líderes do movimento golpista usaram o código "Festa de Selma" para convocar as pessoas a viajarem para Brasília naquele dia e pediram para trazer crianças e idosos para evitar ações repressivas dos órgãos de segurança.

Desde 8 de janeiro, mais de 1.800 pessoas foram presas, das quais 128 permanecem detidas, embora quase todas continuem a responder por diversos crimes à Justiça em liberdade condicional.

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