18 ago, 2023 - 16:52 • Diogo Camilo com Lusa
Os EUA autorizaram esta sexta-feira a Dinamarca e os Países Baixos a enviarem caças F-16 para a Ucrânia, anunciaram os governos dos dois países europeus.
A medida não significa a entrega imediata de aviões de combate na defesa contra a invasão russa, sendo necessária a formação de pilotos ucranianos antes.
O ministro da Defesa neerlandês, Wopke Hoekstra, saudou a aprovação da entrega dos F-16 pelos Estados Unidos, considerando-a "um marco importante para a Ucrânia na defesa do seu povo e do país".
"Congratulamo-nos com a decisão de Washington de abrir caminho para o envio de caças F16 para a Ucrânia", disse Hoekstra nas redes sociais, agradecendo ao chefe da diplomacia norte-americano, Antony Blinken, a "boa e rápida cooperação".
Países Baixos e Dinamarca lideram uma coligação de 11 países, que inclui Portugal, que concordou em treinar pilotos da Ucrânia, mas não foram anunciados detalhes sobre o local e o altura em que o treino será fornecido.
Medida acontece após bombardeiros russos terem sido detetados a sobrevoar zonas sob as águas internacionais do Ártico. Esta sexta-feira, foi o Japão a mobilizar caças após terem sido localizados a sobrevoar a zona entre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, divulgou o Estado-Maior das Forças Armadas do Japão.
Dois aviões russos voaram ao longo da costa centro e sul do Japão, atravessando o estreito de Tsushima, que liga os dois mares e separa a Coreia do Sul do Japão, antes de regressarem pela mesma rota, segundo informou a mesma fonte, num breve comunicado.
Caças da Força Aérea de Autodefesa do Japão "foram enviados em resposta" a esta situação, acrescentou o Estado-Maior nipónico.
Este episódio ocorre numa altura em que a Rússia e a China estão a realizar manobras navais conjuntas, com um destacamento das respetivas Marinhas a operar no Mar da China Oriental, de acordo com o Ministério da Defesa russo.
Em junho, a China e a Rússia realizaram uma patrulha aérea conjunta sobre os mares do Japão e da China Oriental, o que levou a Coreia do Sul a enviar caças para a zona como medida de precaução.