19 ago, 2023 - 06:28 • Lusa
O primeiro-ministro da Colúmbia Britânica, David Elby, anunciou a decisão numa conferência de imprensa realizada sexta-feira à noite, na qual pediu à população para cumprir as ordens de evacuação.
O estado de emergência foi declarado numa altura em que o agravamento de vários incêndios tinha obrigado à retirada de cerca de 15 mil pessoas das suas casas, com mais 20 mil pessoas avisadas de que poderiam ter de abandonar as suas habitações a qualquer momento.
A Colúmbia Britânica tinha na sexta-feira 388 incêndios florestais ativos e temia-se que a situação se agravasse devido às condições climatéricas.
O incêndio mais grave é o que afeta as cidades de West Kelowna e Kelowna, cerca de 300 quilómetros a leste de Vancouver e com uma população combinada de mais de 160 mil pessoas.
As chamas avançaram nas últimas horas e destruíram vários edifícios nas duas localidades.
O Aeroporto Internacional de Kelowna teve de encerrar e o espaço aéreo foi restrito a operações de combate a incêndios.
O Canadá, que tinha 1.052 fogos ativos na sexta-feira, vive a pior temporada de incêndios florestais da sua história, que já levou à emissão de mais de 200 ordens de evacuação este ano, forçando cerca de 168 mil pessoas a deixar temporariamente as suas casas.
No noroeste do Canadá, as autoridades dos Territórios do Noroeste, uma das 13 divisões administrativas do país, anunciaram na sexta-feira à noite que 95% dos 20 mil habitantes da capital, Yellowknife, já tinham abandonado a cidade.
As autoridades ordenaram na quarta-feira a evacuação de Yellowknife até às 12h00 de sexta-feira (19h00 em Lisboa), já que as chamas estão a apenas 15 quilómetros da maior cidade do noroeste do Canadá.