Guardas de fronteira sauditas acusados de matar centenas de migrantes etíopes

Guardas de fronteira sauditas estão a ser acusados de matar, deliberadamente, centenas de migrantes etíopes.

A revelação é feita numa investigação detalhada da ONG Human Rights Watch, que entrevistou dezenas de etíopes que disseram ter sido alvo de ataques por guardas de fronteira enquanto tentavam entrar na Arábia Saudita provenientes do Iémen.

Com recurso a imagens de satélite, fotografias de mais de 20 incidentes, depoimentos de testemunhas e exames a ferimentos de sobreviventes por especialistas forenses, a Human RIghts Watch descreve o que diz ser uma horrível e crescente campanha de violência extrema sobre pessoas que tentam atravessar a fronteira.

Ainda de acordo com a ONG, testemunhas descrevem situações em que um número significativo de mulheres e crianças foram mortas em bombardeamentos.

Já em junho, outra ONG, a Missing Migrant Project, emitiu um relatório em que estimava que cerca de 800 migrantes, na maioria etíopes, haviam sido mortos pelas forças sauditas.