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Variante EG.5 da Covid-19 representa mais de 70% dos casos na China

21 ago, 2023 - 12:35 • Lusa

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, a disseminação do EG.5 não exerceu pressão significativa sobre o sistema hospitalar do país asiático e é improvável que leve a surtos em massa.

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A variante EG.5 da Covid-19 emergiu como a mais frequente na China, respondendo agora por 71,6% das infeções pelo novo coronavírus no país, informou esta segunda-feira o jornal oficial em língua inglesa China Daily.

Os dados, publicados no fim de semana pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) da China, indicam um forte aumento no número de infeções por aquela subvariante, que, em abril passado, correspondia a apenas 0,6% do total de casos no país.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a EG.5 como variante de interesse, no entanto, não indicou que represente uma ameaça maior em comparação com outras cepas. Quem contraiu infeção pela subvariante XBB da Ómicron, entre abril e junho, pode ter alguma imunidade contra a EG.5, segundo a organização.

De acordo com o CDC, a disseminação do EG.5 não exerceu pressão significativa sobre o sistema hospitalar do país asiático e é improvável que leve a surtos em massa.

"Não há evidências conclusivas que sugiram que a EG.5 possa causar sintomas graves", afirmou o CDC, citado pelo China Daily.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou no início de agosto que, embora o risco geral seja baixo, a disseminação global da EG.5 pode contribuir para um aumento de casos de Covid-19 em diferentes partes do mundo.

"Não há dúvida de que o risco de morte ou de casos graves é agora muito menor do que há um ano, devido à crescente imunização da população graças a vacinas e infeções, mas apesar da melhoria, a OMS continua a considerar que o vírus representa um risco alto para a saúde pública", acrescentou o especialista etíope.

Embora a OMS tenha declarado o fim da emergência internacional em 5 de maio, Tedros Ghebreyesus disse no início do mês que o "vírus continua a circular em todos os países e continua a matar e a sofrer mutações".

Desde o início da pandemia, no final de 2019, a OMS registou quase sete milhões de mortos em todo o mundo, tornando a crise sanitária uma das mais graves desde a causada pela gripe espanhola, em 1918.

Em comparação com os piores momentos da pandemia, em que foram notificados mais de 20 milhões de casos semanais globalmente (no início de 2022 com a variante Ómicron), apenas cerca de 10.000 infeções foram relatadas na Europa e 20.000 nos Estados Unidos, em julho, embora os números ainda fossem relativamente altos na região da Ásia - Pacífico (288.000 positivos).

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