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Espanha. Alberto Feijóo disponível para formar governo

22 ago, 2023 - 18:06 • Sandra Afonso com Redação

O líder do partido mais votado nas eleições espanholas reuniu-se com o Rei de Espanha, no último encontro antes de Filipe VI revelar quem vai indicar para formar governo.

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O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, está disponível para formar governo, pela unidade dos espanhóis. A intenção foi revelada na tarde desta terça-feira, depois da sétima e última reunião do Rei Filipe VI com partidos com deputados eleitos, antes de decidir que candidato propõe para a investidura.

“Partilhei com o Rei a minha disponibilidade para ser candidato à investidura, como presidente do governo, assim o chefe do Estado o considere”, avançou Feijóo.

O líder do PP, o partido mais votado nas eleições espanholas do mês passado, aponta ainda três argumentos que reforçam a candidatura.

“Sou o candidato do partido que ganhou as eleições gerais de 23 de julho, em segundo lugar há quatro partidos que somados os deputados totalizam 172 deputados, estão a quatro da maioria absoluta, e por fim entendo que nestas condições colocar-me como candidato é um ato de humildade”, assegura o líder do PP.

Feijóo admite, no entanto, que a decisão é do Rei e respeitará, sem reservas, o que Filipe VI decidir.

Já na manhã desta terça-feira, o líder do PSOE, Pedro Sánchez, segundo mais votado nas recentes eleições espanholas, transmitiu ao Rei Filipe VI a sua disponibilidade para "assumir a responsabilidade" de tentar formar um Governo.

O Presidente do Governo espanhol em exercício e candidato do PSOE, Pedro Sánchez, disse que optará pela investidura porque acredita que o seu partido "está em condições de combinar o necessário apoio parlamentar" para reformar um Governo progressista.

“Só existe uma maioria parlamentar possível, uma maioria progressista liderada pelo partido socialista. Não há outra alternativa senão reeditar um Governo de progresso que consolide o progresso destes quatro anos”, garantiu.

No encontro com Sanchéz, o presidente espanhol lembrou que os que sugeriram “derrotar a atual proposta não obtiveram os votos para materializar a sua opção. Assim fracassaram e foram derrotados nas urnas pela vontade maioritária da sociedade espanhola”.

Sánchez insistiu e referiu que os “esforços e contorções para optar pela investidura” do candidato Alberto Núñez Feijóo, do PP, “são totalmente legítimos, mas revelam-se um desperdício”.

Após ouvir todos os partidos, o rei Felipe VI irá indicar um candidato a primeiro-ministro, que para ser investido terá ainda de ser aprovado pelo plenário dos deputados.

Sobre isso, Pedro Sánchez afirma respeitar a decisão do monarca, independentemente do veredito final. “O PSOE continua fiel ao que diz a Constituição e ao que irá decidir o chefe de Estado”.

De recordar que nas eleições de 23 de julho, o PSOE, partido liderado por Sánchez ficou com 122 deputados (31,7%), tendo ainda assim mais dois deputados no hemiciclo do que em 2019 e alcançou quase mais 700 mil votos do que há quatro anos. Contudo, não foi suficiente, tendo o partido de Feijóo vencido as eleições - embora sem conseguir formar governo (conquistou 136 deputados, que equivalem a 33,04%).

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