24 ago, 2023 - 22:25
A governadora de Nova Iorque pediu, esta quinta-feira, ao Presidente dos EUA, Joe Biden, para que o Governo federal "cumpra a sua obrigação" e forneça ajuda "urgente" para enfrentar a crise migratória que afeta aquele Estado nos últimos meses.
Numa carta enviada para a Casa Branca, Kathy Hochul exigiu que sejam aceleradas as autorizações de trabalho para requerentes de asilo, maior assistência financeira e reembolso de determinadas despesas, assim como espaços que sirvam de abrigo para os migrantes.
Mais de 100 mil imigrantes chegaram a Nova Iorque no último ano e meio e Hochul tem sido alvo de críticas devido à sua aparente falta de iniciativa para responder à crise migratória, mas a governadora levantou agora o tom em direção ao Governo federal.
A responsável sugeriu ações executivas, tais como conceder o estatuto de proteção temporária (TPS) especificamente aos requerentes da Venezuela e autorizações por motivos humanitários aos imigrantes de outros países.
A governadora agradeceu, por outro lado, os 145 milhões de dólares (mais de 134 milhões de euros) recebidos de fundos federais.
Mas frisou que a verba aquém dos elevados custos em que estão a incorrer o estado e a cidade, que projetam uma despesa de 4,5 mil milhões de dólares (mais de 4,1 mil milhões de euros) no próximo ano e de 12 mil milhões de dólares (mais de 11,1 mil milhões de euros), no total, até 2025.
A chegada de imigrantes continua a um ritmo "alto e imparável" de centenas e até milhares por semana, razão pela qual "o Governo federal deve trabalhar com a cidade e o Estado [de Nova Iorque] na gestão desta crise humanitária", pois essa é "uma necessidade urgente", apelou Hochul.
"Não posso pedir aos nova-iorquinos que paguem por algo que é fundamentalmente uma responsabilidade federal e apelo ao Governo federal para que tome medidas rápidas e significativas para cumprir a sua obrigação para com o Estado de Nova Iorque", vincou.
A pressão da governadora sobre Washington acontece numa altura em que a sua popularidade, assim como a do presidente da Câmara, Eric Adams, parecem estar em queda devido às suas respostas à crise migratória.