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Eleições em Espanha. Sánchez não apoia investidura de Feijóo

30 ago, 2023 - 12:07

Líder do PP, que venceu as eleições de julho sem maioria, acusa o presidente do Governo em funções de "prefere pactuar com os independentistas" em vez de viabilizar um Governo conservador por dois anos.

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O secretário-geral do PSOE e presidente em funções do Governo espanhol rejeitou esta quarta-feira o acordo proposto pelo líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, para permitir que o partido governe durante dois anos antes de convocar novas eleições gerais.

"O PSOE tinha uma escolha mas a sua pretensão é encaixar as exigências parciais dos partidos minoritários que não respeitam a Constituição", indicou Feijóo em conferência de impensa após ter-se encontrado do Pedro Sánchez no Parlamento em Madrid, no primeiro encontro da sua ronda negocial com os partidos após ter vencido as eleições de julho sem maioria.

Sánchez "não tem interesse numa investidura com partidos constitucionalistas" e "prefere pactuar com os independentistas, negociar amnistias, referendos e grupos parlamentares que não podem ser cumpridos e desigualdades financeiras entre territórios", acusou o líder dos conservadores.

Na visão do presidente do Partido Popular, apresentada antes da reunião desta manhã, só existem duas opções depois das eleições e da sua tentativa de investidura a 26 de setembro após o aval do Rei Felipe VI, “um pacto de dois anos entre o PP e o PSOE” ou “a governabilidade de Espanha permanecer nas mãos dos independentistas cujas propostas são conhecidas por aprofundarem a desigualdade de alguns espanhóis”.

A proposta de Feijóo para evitar eleições dentro de quatro meses passava por ver viabilizado pelo PSOE um mandato de 24 meses para executar reformas centradas em seis pactos de Estado (territorial, regeneração democrática, estado social, saneamento económico, famílias e água), sob o compromisso de convocar eleições gerais ao final desses dois anos de governação.

Essa proposta não previa a inclusão de ministros do PSOE no Governo, embora, na prática, passasse pela criação de um Governo de unidade nacional.

"Não levantei com Sánchez a hipótese de uma grande coligação porque Sánchez já rejeitou essa possibilidade, não é possível enquanto Sánchez for secretário-geral do PSOE", disse Feijóo na mesma conferência de imprensa.

[atualizado às 12h26]

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