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Guerra na Ucrânia

Ministro da Defesa da Ucrânia formaliza demissão após anúncio de substituição

04 set, 2023 - 14:45 • Lusa

Rustem Umerov, proeminente líder da comunidade tártara da Crimeia, será o substituto de Oleksi Reznikov, anuncia Governo de Kiev.

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O ministro ucraniano da Defesa, Oleksi Reznikov, apresentou nesta segunda-feira a demissão ao Parlamento, um dia depois de o Presidente Volodymyr Zelensky ter anunciado a sua substituição em plena guerra com a Rússia.

O próprio Reznikov anunciou a entrega da carta de demissão ao presidente do Parlamento, Ruslan Stefantchuk, numa declaração que divulgou nas redes sociais.

"Foi uma honra servir o povo ucraniano e trabalhar para o exército ucraniano durante os últimos 22 meses, o período mais difícil da história moderna da Ucrânia", afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Reznikov, 57 anos, no cargo desde novembro de 2021, tornou-se um dos rostos da guerra contra a invasão russa, viajando frequentemente para o estrangeiro para negociar ajudas militares dos aliados ocidentais de Kiev.

Líder da comunidade tártara da Crimeia será o substituto

Zelensky anunciou no domingo à noite que Reznikov será substituído por Rustem Umerov, um proeminente líder da comunidade tártara da Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014.


Umerov, 41 anos, representou Kiev em negociações sensíveis com Moscovo antes de ser nomeado responsável pelas privatizações no país.

O Parlamento ainda tem de aprovar a mudança na direção do importante Ministério da Defesa.

Zelensky prometeu intensificar a luta contra a corrupção, que é endémica na Ucrânia, nomeadamente em resposta às condições impostas pela União Europeia para manter o estatuto de Kiev como candidato à adesão.

Recentemente, vieram a público vários escândalos de corrupção no país, um dos quais envolve diretamente Reznikov, relativamente a um contrato de fornecimento de material militar assinado com uma empresa turca.

Umerov dirige o Fundo de Propriedade do Estado desde setembro de 2022, um cargo de grande visibilidade num país onde o processo de privatizações está eivado de corrupção, acrescentou a AFP.

A Ucrânia está em guerra com a Rússia, que invadiu o país vizinho em 24 de fevereiro de 2022.

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