Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Espanha. Socialistas reiteram "caminho do diálogo" na Catalunha

05 set, 2023 - 20:38 • Lusa

Na última legislatura, o Governo espanhol indultou separatistas condenados pela tentativa de independência da Catalunha de 2017 e retirou do Código Penal o crime de sedição que levou dirigentes catalães à prisão e de que estavam acusados outros, como Puigdemont.

A+ / A-

O Partido Socialista espanhol (PSOE) reiterou esta terça-feira que prosseguirá "no caminho do diálogo" na Catalunha, depois do ex-presidente catalão Carles Puigdemont ter pedido uma amnistia para independentistas para negociar a viabilização do novo Governo de Espanha.

O líder dos socialistas no parlamento de Espanha, Patxi López, disse aos jornalistas, numa conferência de imprensa em Madrid, que "um mundo" separa o PSOE de Puigdemont, mas sublinhou que "o caminho e o método" do partido "é o diálogo" e que os limites são a Constituição.

Patxi López sublinhou que na última legislatura, com um Governo liderado pelo PSOE, o diálogo e "a recuperação da política" provaram ser o método correto para alcançar a convivência na Catalunha e para resolver "problemas políticos".

Na última legislatura, o Governo espanhol indultou separatistas condenados pela tentativa de independência da Catalunha de 2017 e retirou do Código Penal o crime de sedição que levou dirigentes catalães à prisão e de que estavam acusados outros, como Puigdemont.

A situação na Catalunha é hoje "infinitamente melhor" do que em 2017, destacou Patxi López, que acrescentou que há seis anos, quando governava o Partido Popular (PP, direita), é que existiu em Espanha uma ameaça à integridade do país e desrespeito pela Constituição.

Patxi López escusou-se a comentar a exigência de Puigdemont de haver uma amnistia para os catalães condenados e acusados pela justiça por causa do processo de 2017 como condição prévia a negociações para a viabilização do novo Governo de Espanha por parte dos deputados do partido Juntos pela Catalunha (JxCat).

Em resposta a questões dos jornalistas, o dirigente socialista disse apenas não saber se a amnistia respeita a Constituição, que há opiniões e pareces diferentes sobre o assunto e que em última análise caberá ao Tribunal Constitucional pronunciar-se.

As declarações de Patxi López foram semelhantes, e em alguns termos e frases foram mesmo iguais, às da porta-voz do atual Governo de Espanha, Isabel Rodríguez, que numa conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros disse por diversas vezes que, no caso da Catalunha, "o diálogo é a ferramenta, a Constituição é a moldura e a convivência é o objetivo".

Isabel Rodríguez afirmou que os socialistas só serão mais concretos sobre este tema quando o líder do PSOE, Pedro Sánchez, for indicado pelo Rei de Espanha como candidato a primeiro-ministro para ser votado pelo parlamento.

Antes, acrescentou, "é o tempo" do líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, o mais votado nas eleições e cuja investidura como primeiro-ministro será votada em 26 e 27 de setembro no parlamento, embora tenha, para já, poucas possibilidades de ser bem sucedida por falta de apoios suficientes no plenário dos deputados.

O PSOE tem assegurado que, apesar de ter sido o segundo partido mais votado, tem condições para voltar a formar governo, com os votos de uma 'geringonça' de forças de esquerda, extrema-esquerda, regionalistas, nacionalistas e independentistas, que já conseguiu juntar em 17 de agosto, na eleição da presidência do parlamento.

Nessa eleição da presidência do parlamento, o PSOE contou já com o apoio do JxCat, de Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola.

Puigdemont fez hoje a exigência de uma amnistia, a partir de Bruxelas, depois de Pedro Sánchez ter dito na segunda-feira que vai conseguir um acordo para se manter à frente do executivo e que a próxima legislatura deixará "definitivamente para trás" a fratura aberta na Catalunha em 2017.

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, considerou "uma anomalia democrática" que seja um fugitivo à justiça a impor as condições do futuro Governo do país.

Para o presidente do PP está em causa a defesa da igualdade perante a lei, a divisão de poderes no Estado de Direito e "a unidade da nação" e desafiou Sánchez a não pagar este preço para continuar a ser primeiro-ministro.

Quem também criticou a possibilidade de uma amnistia foi o antigo líder do PSOE e ex-primeiro-ministro Felipe González, que tem criticado a atual direção do partido e as opções de Sánchez.

"Se o presidente [do Governo, Pedro Sánchez] diz que tudo aquilo que fizer será dentro do quadro da Constituição, então diga-se claramente que no quadro da Constituição não cabe a amnistia ou a autodeterminação", afirmou o histórico socialista, numa entrevista à rádio Onda Cero.

O Partido Socialista espanhol (PSOE) reiterou esta terça-feira que prosseguirá "no caminho do diálogo" na Catalunha, depois do ex-presidente catalão Carles Puigdemont ter pedido uma amnistia para independentistas para negociar a viabilização do novo Governo de Espanha.

O líder dos socialistas no parlamento de Espanha, Patxi López, disse aos jornalistas, numa conferência de imprensa em Madrid, que "um mundo" separa o PSOE de Puigdemont, mas sublinhou que "o caminho e o método" do partido "é o diálogo" e que os limites são a Constituição.

Patxi López sublinhou que na última legislatura, com um Governo liderado pelo PSOE, o diálogo e "a recuperação da política" provaram ser o método correto para alcançar a convivência na Catalunha e para resolver "problemas políticos".

Na última legislatura, o Governo espanhol indultou separatistas condenados pela tentativa de independência da Catalunha de 2017 e retirou do Código Penal o crime de sedição que levou dirigentes catalães à prisão e de que estavam acusados outros, como Puigdemont.

A situação na Catalunha é hoje "infinitamente melhor" do que em 2017, destacou Patxi López, que acrescentou que há seis anos, quando governava o Partido Popular (PP, direita), é que existiu em Espanha uma ameaça à integridade do país e desrespeito pela Constituição.

Patxi López escusou-se a comentar a exigência de Puigdemont de haver uma amnistia para os catalães condenados e acusados pela justiça por causa do processo de 2017 como condição prévia a negociações para a viabilização do novo Governo de Espanha por parte dos deputados do partido Juntos pela Catalunha (JxCat).

Em resposta a questões dos jornalistas, o dirigente socialista disse apenas não saber se a amnistia respeita a Constituição, que há opiniões e pareces diferentes sobre o assunto e que em última análise caberá ao Tribunal Constitucional pronunciar-se.

As declarações de Patxi López foram semelhantes, e em alguns termos e frases foram mesmo iguais, às da porta-voz do atual Governo de Espanha, Isabel Rodríguez, que numa conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros disse por diversas vezes que, no caso da Catalunha, "o diálogo é a ferramenta, a Constituição é a moldura e a convivência é o objetivo".

Isabel Rodríguez afirmou que os socialistas só serão mais concretos sobre este tema quando o líder do PSOE, Pedro Sánchez, for indicado pelo Rei de Espanha como candidato a primeiro-ministro para ser votado pelo parlamento.

Antes, acrescentou, "é o tempo" do líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, o mais votado nas eleições e cuja investidura como primeiro-ministro será votada em 26 e 27 de setembro no parlamento, embora tenha, para já, poucas possibilidades de ser bem sucedida por falta de apoios suficientes no plenário dos deputados.

O PSOE tem assegurado que, apesar de ter sido o segundo partido mais votado, tem condições para voltar a formar governo, com os votos de uma 'geringonça' de forças de esquerda, extrema-esquerda, regionalistas, nacionalistas e independentistas, que já conseguiu juntar em 17 de agosto, na eleição da presidência do parlamento.

Nessa eleição da presidência do parlamento, o PSOE contou já com o apoio do JxCat, de Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola.

Puigdemont fez hoje a exigência de uma amnistia, a partir de Bruxelas, depois de Pedro Sánchez ter dito na segunda-feira que vai conseguir um acordo para se manter à frente do executivo e que a próxima legislatura deixará "definitivamente para trás" a fratura aberta na Catalunha em 2017.

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, considerou "uma anomalia democrática" que seja um fugitivo à justiça a impor as condições do futuro Governo do país.

Para o presidente do PP está em causa a defesa da igualdade perante a lei, a divisão de poderes no Estado de Direito e "a unidade da nação" e desafiou Sánchez a não pagar este preço para continuar a ser primeiro-ministro.

Quem também criticou a possibilidade de uma amnistia foi o antigo líder do PSOE e ex-primeiro-ministro Felipe González, que tem criticado a atual direção do partido e as opções de Sánchez.

"Se o presidente [do Governo, Pedro Sánchez] diz que tudo aquilo que fizer será dentro do quadro da Constituição, então diga-se claramente que no quadro da Constituição não cabe a amnistia ou a autodeterminação", afirmou o histórico socialista, numa entrevista à rádio Onda Cero.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Americo
    06 set, 2023 Leiria 13:51
    Boa tarde. Lá como aqui, o que esta "gente" é capaz só para sobreviver politicamente. A Espanha, vai pagar isto bem pago.

Destaques V+