07 set, 2023 - 10:48 • Lusa
A tempestade tropical Haikui forçou a retirada temporária de 294 mil pessoas na província de Fujian, no sudeste da China, onde causou graves danos materiais e agrícolas, informou esta quinta-feira a imprensa local.
Quase 10 mil hectares de culturas foram danificados e mais de 2.500 casas foram total ou parcialmente destruídas, resultando numa perda económica direta de cinco mil milhões de yuan (643 milhões de euros).
Entre terça e quarta-feira, a precipitação em 65 localidades ultrapassou os 250 milímetros, com um máximo de 548,9 milímetros na cidade de Gaishan, superando o recorde local estabelecido pelo tufão Longwang, em 2005. Quase 60 mil pessoas foram mobilizadas para participar em tarefas de emergência até às 20h00 locais de quarta-feira (13h00 em Lisboa).
Huang Zhigang, especialista citado pela agência, disse que são esperadas mais chuvas fortes nos próximos dois dias em algumas áreas de Fujian, o que pode causar deslizamentos de terra, transbordamentos de rios e outros desastres. As autoridades locais informaram na quarta-feira que 49 reservatórios entre os 420 do município de Fuzhou, capital de Fujian, ultrapassaram os limites de volume, e que mais de 80 locais do centro urbano sofreram graves inundações, com acumulações de água de até 1,4 metros no solo.
De acordo com estatísticas divulgadas recentemente pelo ministério de Gestão de Emergências da China, 8,8 milhões de pessoas no país foram afetadas por desastres naturais em agosto, incluindo 168 pessoas que morreram ou desapareceram e 547 mil que foram retiradas.
A China sofreu durante o verão algumas das chuvas mais fortes e inundações mais mortais dos últimos anos. Dezenas de pessoas morreram, inclusive em áreas montanhosas periféricas de Pequim.