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Ucrânia rejeita suavizar sanções à Rússia em troca de regresso a acordo de cereais

08 set, 2023 - 19:47 • Lusa

Desde o fim do acordo, a Rússia tem bombardeado intensamente os portos do sul da Ucrânia e seus silos de cereais, ao mesmo tempo que Kiev tem procurado rotas alternativas à exportação de produtos, para além de ataques a diversos portos e embarcações russas no mar Negro.

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O Governo ucraniano rejeitou esta sexta-feira o levantamento de parte das sanções internacionais impostas à Rússia em troca de um regresso de Moscovo ao acordo que permita a exportação de cereais de três portos ucranianos do mar Negro.

"Debilitar parte do regime de sanções contra a Federação russa em troca do restabelecimento do acordo dos cereais seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens por parte de Moscovo", considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, na sua conta pessoal no Facebook.

O responsável ucraniano reagia à publicação no diário alemão Bild de uma carta que o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, onde sugere o levantamento de parte das sanções em troca do regresso ao acordo dos cereais.

"Debilitar parte do regime de sanções contra a Federação russa em troca do restabelecimento do acordo dos cereais seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens por parte de Moscovo", considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, na sua conta pessoal no Facebook.

O responsável ucraniano reagia à publicação no diário alemão Bild de uma carta que o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, onde sugere o levantamento de parte das sanções em troca do regresso ao acordo dos cereais.

Desde o fim do acordo, a Rússia tem bombardeado intensamente os portos do sul da Ucrânia e seus silos de cereais, ao mesmo tempo que Kiev tem procurado rotas alternativas à exportação de produtos, para além de ataques a diversos portos e embarcações russas no mar Negro.

No seu comentário, Nikolenko solicita aos responsáveis internacionais que "continuem empenhados para que a Rússia volte a cumprir as suas obrigações" em vez e "reforçar a sua sensação de impunidade e estimular novas agressões com concessões".

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

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  • Cidadao
    09 set, 2023 Lisboa 09:20
    Guterres, anda muito mal nisto dos cereais. Até parece que não conhece a mentalidade da canalha russa: à primeira cedência, haverá um rol de novas chantagens à espera de novas cedências. E continuará até a NATO e os EUA começarem a "aceitar" a criminosa ocupação militar da Ucrânia, que é para daí a nada a rússia invadir outro País.

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