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União Africana deve ser membro permanente do G20, defende UE

08 set, 2023 - 14:56 • Lusa

Charles Michel não esclarece se decisão sobre inclusão da UA, também apoiada pela Índia, será considerada independentemente do consenso geral sobre outras questões, como a guerra na Ucrânia.

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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, defendeu esta sexta-feira, na cimeira do G20 que se realiza na Índia, que a União Africana deve tornar-se membro permanente do grupo, apesar de ainda não haver consenso sobre o tema.

“Veremos qual será a decisão, mas o que é claro é que a União Europeia (UE) apoia a adesão da União Africana ao G20”, declarou Michel numa conferência de imprensa em Nova Deli, onde vai decorrer, durante o fim-de-semana, uma cimeira sob a presidência da Índia.

O representante da UE sublinhou durante o seu discurso que considera difícil que os líderes mundiais cheguem a um consenso sobre a declaração final da reunião, uma vez que o grupo está a atravessar um momento crítico para o multilateralismo, com a guerra na Ucrânia como pano de fundo.

“É difícil prever se será possível chegar a um acordo sobre a declaração”, disse, depois de agradecer à Índia pelos esforços durante a sua presidência para que se chegue a um consenso nas negociações que satisfaça todas as partes.

Michel, no entanto, não esclareceu se a decisão sobre a inclusão da União Africana, que também é apoiada pela Índia, será considerada independentemente do consenso geral sobre outras questões, como a guerra na Ucrânia.

“A posição da UE é muito clara e condenamos a agressão russa, apoiamos a soberania e a integridade territorial da Ucrânia. Apoiamos apenas a fórmula de paz proposta pelo Presidente Zelenski e estaremos sempre prontos a defender estes valores, incluindo no G20”, declarou o presidente do Conselho Europeu.

O representante da UE disse que procurará ainda, durante a cimeira, que o bloco acelere os esforços para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável e centrará os seus pontos de vista na crise climática e na redução das taxas de pobreza.

“Não creio que este G20 vá resolver todos os problemas do mundo em dois dias, mas pode definitivamente ser um grande passo na direção certa e temos de trabalhar para que isso aconteça e apoiar a presidência indiana”, concluiu.

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