11 set, 2023 - 10:02 • Lusa
O nível da água nas zonas inundadas no centro da Grécia começou a baixar esta segunda-feira, uma semana depois de a tempestade Daniel ter atingido a região, causando pelo menos 15 mortos e muitos desaparecidos.
O número de mortes confirmadas subiu para 15 no domingo, depois de a Guarda Costeira ter encontrado no Golfo Pagasetic o corpo de um homem de 42 anos cujo veículo foi arrastado por uma inundação a 5 de setembro. Entretanto, um jovem casal austríaco recém-casado que celebrava a lua-de-mel na região da Magnésia continua desaparecido.
Embora a situação tenha melhorado um pouco, há ainda cidades inteiras submersas na lama e os danos em infraestruturas são "enormes", segundo o ministro da Proteção Civil, Vasilis Kikilias. O volume de água que recua das áreas inundadas é direcionado para o norte e para o Vale do Tempe, por isso as autoridades estão em alerta para evitar que novas inundações ocorram naquela região.
A capital da Magnésia, Volos, com 150 mil habitantes, continua sem abastecimento de água potável pelo sétimo dia consecutivo, enquanto milhares de pessoas estão isoladas na península de Pelion, sem água e eletricidade. Desde terça-feira da semana passada, mais de 4.500 pessoas foram resgatadas, segundo o Corpo de Bombeiros.
Descrita pelos especialistas como um "fenómeno extremo em termos de quantidade de água que caiu", a tempestade Daniel atingiu a Magnésia na segunda e na terça-feira, em especial a sua capital, a cidade portuária de Volos, e as aldeias do Monte Pelion, antes de afetar as localidades em torno de Karditsa e Trikala na quarta-feira.
A intempérie ocorreu semanas depois dos incêndios florestais devastadores que este verão mataram pelo menos 26 pessoas no país.