14 set, 2023 - 03:35 • Lusa
O Presidente russo Vladimir Putin aceitou o convite do líder norte-coreano Kim Jong-un para visitar a Coreia do Norte, adiantou a agência oficial de notícias de Pyongyang.
No final de um encontro entre os dois governantes esta quarta-feira na Rússia, “Kim Jong-un convidou Putin a visitar a RPDC [República Popular Democrática da Coreia] quando lhe for conveniente”, frisou a KCNA, utilizando o nome oficial da Coreia do Norte.
“Putin aceitou amigavelmente o convite e reafirmou o seu desejo inabalável de continuar a promover a história e a tradição da amizade Rússia-RPDC”, acrescentou a mesma fonte.
Kim Jong-un reuniu-se esta quarta-feira com Vladimir Putin, durante uma visita excecional à Rússia destinada a reforçar as suas relações, em particular as militares.
Os líderes da Rússia e da Coreia do Norte reuniram-se no extremo oriente russo durante cerca de duas horas, anunciou o Kremlin.
Putin declarou ver “perspetivas” de cooperação militar com a Coreia do Norte, apesar das sanções internacionais impostas a Pyongyang por causa dos seus programas nucleares e da produção de novos mísseis.
Já Kim Jong-un manifestou-se convencido da vitória do exército e do povo da “Grande Rússia” na Ucrânia, durante um almoço que lhe foi oferecido por Putin.
Kim brindou às “novas vitórias da Grande Rússia”, citado pelas agências russas e internacionais.
Os Estados Unidos advertiram esta quarta-feira a Coreia do Norte de que nenhum país deve ajudar o Presidente russo a “matar inocentes ucranianos”, sublinhando que Pyongyang terá que enfrentar as consequências se o fizer.
“Se decidirem avançar com algum tipo de acordo de armas, certamente haverá repercussões para a Coreia do Norte, quer por parte dos Estados Unidos, quer da comunidade internacional”, sublinhou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, em conferência de imprensa.
Washington considera provável que Moscovo procure equipamentos militares.
Para Washington, a aproximação da Rússia à Coreia do Norte, bem como ao Irão, que fornece ‘drones’ (aparelhos não tripulados) a Moscovo, “atesta o seu desespero” na guerra que trava na Ucrânia.