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Julgamento de Trump sobre caso de interferência eleitoral marcado para março

28 ago, 2023 - 17:01 • Marta Pedreira Mixão

​O julgamento terá início a meio das primárias presidenciais republicanas, apesar do apelo dos advogados de Donald Trump, que pretendiam adiá-lo para depois das eleições, defendendo uma data de início em 2026.

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A juíza responsável pelo julgamento de Donald Trump, Tanya Chutkan, no caso em que o ex-Presidente dos Estados Unidos é acusado de tentar subverter os resultados da eleição presidencial de 2020 marcou o julgamento para 4 de março de 2024, o que pode afetar a corrida à Casa Branca em 2024.

A decisão da juíza Tanya Chutkan marcou o julgamento para um data "a meio" das primárias presidenciais republicanas e um dia antes da Super Terça-feira - o primeiro grande evento da disputa eleitoral.

Durante uma audiência na segunda-feira, o advogado Jack Smith, que lidera a acusação contra Trump, propôs que o julgamento arrancasse em janeiro, enquanto a equipa de Trump apelou para que fosse adiado para abril de 2026, depois das eleições presidenciais. Contudo, Chutkan considerou que "nenhuma delas é aceitável".

Defendendo ainda que o público tem interesse na administração justa e atempada da Justiça, Chutkan marcou o julgamento para 4 de março de 2024. A juiz afirmou que Trump terá de dar prioridade ao julgamento, pois não alteraria o calendário do julgamento com base nas obrigações profissionais de qualquer outro arguido.

Depois de anunciar a decisão, o advogado de Trump John Lauro contestou a mesma, justificando que a equipa de defesa de Trump não será capaz de representar adequadamente o seu cliente com esta data de julgamento e que a mesma violaria os direitos do ex-presidente, considerando os milhões de páginas de descobertas que os procuradores entregaram.

Porém, Chutkan registou a objeção e prosseguiu com a audiência. No início da audiência, a juiz já tinha afirmado que apesar da proposta dos advogados de acusação ser "demasiado cedo", a data de 2026, sugerida pela equipa de Trump, também não era razoável. "Descobrir [as acusações] em 2023 não é sentar-se num armazém com caixas de papel a olhar para cada página", justificou Chutkan.

"Este caso não vai a julgamento em 2026", rematou, salientando que a equipa de Trump já teve tempo para se preparar e que o público já sabe da existência das investigações desde setembro de 2022.

A juíza de Washington já tinha sido ameaçada de morte por uma apoiante de Donald Trump: "Se Trump não for eleito em 2024, vamos atrás de ti para te matar".

A ameaça foi levada a cabo por uma mulher de 43 anos residente no estado norte-americano do Texas, que foi acusada pela ameaça de morte 16 de agosto deste ano.

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