26 set, 2023 - 12:58 • Lusa
Duas fortes explosões destruíram habitações no centro da Suécia, ferindo pelo menos três pessoas e danificando edifícios, com tijolos e secções de janelas espalhados no exterior, resultado de uma aparente rixa entre gangues, embora tal esteja por confirmar.
Segundo a imprensa sueca, a primeira explosão ocorreu no final de segunda-feira em Hasselby, um subúrbio de Estocolmo.
Na madrugada desta terça-feira, outra explosão em Linkoping, cerca de 175 quilómetros a sudoeste da capital, arrancou a fachada de um edifício de três andares, deixando destroços espalhados por uma área de estacionamento.
Desconhece-se se as explosões estão relacionadas, embora a rádio sueca tenha indicado que a explosão em Linkoping estava ligada a uma disputa entre bandos criminosos, um problema crescente na Suécia com tiroteios e atentados bombistas.
Dois bandos -- um liderado por um indivíduo de dupla nacionalidade sueco-turca que vive na Turquia e o outro pelo seu antigo lugar-tenente -- estão alegadamente a lutar por drogas e armas.
Desde janeiro, a polícia sueca registou 261 tiroteios, que provocaram 36 mortes e 73 feridos, contagem que não inclui os números das explosões de segunda-feira e de hoje.
Não há feridos a registar, mas diversas residência(...)
A polícia informou que os residentes da zona afetada em Linkoping foram transportados para uma instalação desportiva próxima. Em Hasselby, três pessoas foram levadas para um hospital, desconhecendo-se, para já, a gravidade dos ferimentos.
Ninguém foi detido, informou a polícia.
Na sequência das explosões, o Governo sueco anunciou uma reunião para identificar medidas que possam ser rapidamente aplicadas, que envolverão os ministros da Justiça e da Defesa Civil da Suécia, Gunnar Strömmer e Carl-Oskar Bohlin e representantes dos municípios e das regiões do país escandinavo.
"Estamos a reunir os intervenientes relevantes para identificar em conjunto o que pode ser feito a curto e a longo prazo", disse Strömmer à agência noticiosa sueca TT.
"O acesso dos criminosos aos explosivos deve ser cortado", disse Bohlin ao jornal Expressen.
No início deste mês, um jovem de 13 anos foi encontrado morto com um tiro na cabeça num bosque perto da sua casa, perto de Estocolmo, morte que um procurador considerou um "exemplo arrepiante de violência de gangues grosseira e completamente imprudente".
A 22 deste mês, duas pessoas morreram e outras tantas ficaram feridas quando um homem armado abriu fogo num bar cheio de clientes a noroeste de Estocolmo.
Um dos mortos, um homem de 20 anos, era o alvo provável do atirador, segundo a polícia, enquanto as restantes três vítimas "estavam no local errado à hora errada".
O governo de centro-direita da Suécia tem vindo a endurecer as leis para combater o crime relacionado com os gangues, enquanto o chefe da polícia sueca disse no início deste mês que os bandos em conflito tinham trazido uma onda de violência "sem precedentes" ao país.