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Guerra na Ucrânia

Chefe da NATO pede aos aliados produção de armas mais rápida

29 set, 2023 - 15:19 • Lusa

“A Ucrânia precisa de capacidades de alta qualidade, em grandes quantidades, e rapidamente”, ressalta Stoltenberg.

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, incentivou esta sexta-feira as empresas de armamento dos países da Aliança Atlântica a acelerar a produção para continuar a satisfazer as necessidades da Ucrânia na guerra com a Rússia.

“A coragem, por si só, não detém os ‘drones’. Só o heroísmo não interceta os mísseis”, disse Stoltenberg numa mensagem transmitida por videoconferência ao primeiro Fórum Internacional da Indústria da Defesa de Kiev.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os aliados ocidentais têm fornecido armamento às forças ucranianas, que têm em curso uma contraofensiva no sul e no leste do país.

“A Ucrânia precisa de capacidades de alta qualidade, em grandes quantidades, e rapidamente”, disse Stoltenberg, citado pela agência espanhola EFE.

O chefe da NATO (sigla em inglês da Organização do Tratado do Atlântico Norte) recordou que muitos dos 31 países da aliança tiverem de reduzir os respetivos arsenais para poder armar a Ucrânia.

“Temos de aumentar a produção, tanto para satisfazer as necessidades da Ucrânia como para garantir a nossa dissuasão e defesa”, afirmou o político norueguês.

Stoltenberg, que visitou Kiev na quinta-feira, elogiou a indústria de defesa ucraniana pela capacidade de inovar, de transferir a produção para zonas menos expostas aos ataques russos e de adotar as normas da NATO em plena guerra.

“Dos ‘drones’ [aparelhos sem tripulação] à desminagem, a Ucrânia inovou à velocidade da luz. Todos nós temos muito a aprender com a Ucrânia”, disse aos representantes de 160 empresas de 26 países que participam no fórum em Kiev.

Os líderes da NATO decidiram em junho, numa cimeira na Lituânia, simplificar o processo de adesão da Ucrânia à organização transatlântica de defesa e reforçar os laços políticos com Kiev.

A Ucrânia anunciou hoje que discutiu com a França a possibilidade de uma produção ou compra conjunta de armas.

O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umérov, após conversações em Kiev como o homólogo francês, Sébastien Lecornu.

No âmbito da visita de Lecornu, representantes da indústria de defesa dos dois países assinaram um memorando que “cria um quadro jurídico para a celebração de contratos” para a produção de equipamento militar, segundo Umérov.

“Isto contribuirá também para aprofundar a cooperação técnico-militar, entre outros domínios, no desenvolvimento de projetos conjuntos de alta tecnologia”, acrescentou, num comunicado divulgado nas redes sociais.

Comentários
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  • Cidadao
    30 set, 2023 Lisboa 17:52
    A melhor coisa que a Ucrânia pode fazer, é o que está a fazer: parcerias com os EUA e países da UE com fortes indústrias militares, para fortalecer a sua própria industria militar e pouco a pouco deixar de estar quase totalmente dependente dos "humores" do futuro inquilino da Casa Branca, ou das "opiniões públicas" em tempo de eleições, na UE. Quem toma melhor conta da Ucrânia, que os próprios Ucranianos?

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