04 out, 2023 - 13:37 • Lusa
As autoridades de Veneza pediram ao Governo italiano que decretasse três dias de luto na região, pela morte de 21 pessoas na queda de um autocarro de um viaduto durante a noite de terça-feira. "É um período de luto para todos, um período de silêncio", justificou o responsável local Michele Di Bari, citado pela agência de notícias italiana Ansa.
O autocarro despenhou-se de um viaduto na zona de Mestre, em Veneza, no nordeste de Itália. Além de 21 mortos confirmados, há pelo menos 15 feridos.
As autoridades hospitalares disseram, esta quarta-feira de manhã, que nove pessoas estavam em estado crítico, incluindo uma menina ucraniana de três anos, segundo a agência norte-americana AP.
Os passageiros do autocarro eram maioritariamente turistas estrangeiros jovens que regressavam a Veneza de um parque de campismo próximo.
Michele Di Bari disse que pelo menos duas das vítimas mortais eram crianças. As autoridades identificaram cinco ucranianos, um alemão e o condutor italiano do autocarro, de 40 anos, segundo a Ansa.
Entre os feridos, foram identificados quatro ucranianos, dois espanhóis, dois austríacos, um alemão e um francês. Esta manhã, quatro dos feridos ainda não tinham sido identificados.
O veículo era um autocarro elétrico, que se incendiou depois de cair de uma altura de cerca de 15 metros, ao derrubar a proteção do viaduto.
O comandante da polícia municipal de Veneza, Marco Agostini, admitiu que o condutor poderá ter-se sentido mal por não haver sinais de travagem, segundo noticiou a agência espanhola EFE.
O governador do Veneto, de que Veneza é a capital, Luca Zaia, disse hoje que se suspeita que o acidente tenha resultado de má condução.
O procurador-chefe de Veneza, Bruno Cherchi, anunciou a abertura de um inquérito para tentar determinar as causas do acidente.