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Guerra na Ucrânia

Eslováquia interrompe ajuda à Ucrânia após eleições legislativas

06 out, 2023 - 15:20 • João Pedro Quesado

Robert Fico, líder do partido vencedor das eleições de sábado, prometeu durante a campanha interromper o envio de armas. As negociações para um novo Governo estão a decorrer.

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A Presidente da Eslováquia recusou um plano do Governo ainda em funções para enviar mais ajuda militar para a Ucrânia. As eleições legislativas, que decorreram no passado sábado, foram ganhas por Robert Fico, populista de esquerda que prometeu parar o envio de ajuda ao país.

Esta quinta-feira, o gabinete da Presidência disse, de acordo com a Associated Press, que o Governo ainda em funções não tem a autoridade para tomar a decisão de enviar ajuda adicional à Ucrânia. Além disso, argumenta o gabinete de Zuzana Čaputová, os partidos que estão em negociações para formar o novo executivo são contra esse apoio.

O atual Governo tem poderes limitados depois de perder uma votação de uma moção de confiança no Parlamento a 15 de junho, cerca de um mês após tomar posse.

Já esta sexta-feira, um porta-voz do Governo confirmou ao Politico que a Eslováquia não vai enviar mais ajuda ao país invadido pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022, apesar do ministro da Defesa o estar a ponderar.

"Uma decisão sobre este assunto deve refletir o resultado das recentes eleições legislativas e deve seguir o resultado das negociações de formação do governo, que estão a decorrer", afirmou Martin Strižinec, porta-voz da Presidente.

O antigo primeiro-ministro Robert Fico, do partido populista de esquerda Smer, venceu as eleições legislativas do passado sábado. Durante a campanha, o político prometeu interromper o envio de armas para a Ucrânia, bloquear a potencial adesão de Kiev à NATO e ainda bloquear sanções à Rússia.

Após ser o partido mais votado, Fico foi indigitado, pela Presidente Čaputová, a liderar as negociações para formar um governo de coligação até 16 de outubro.

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  • Digo
    06 out, 2023 Eu 16:33
    O perigo das decisões por unanimidade vê-se nestes casos, assim como nas chantagens da Hungria e Turquia. Duvido que isto vá adiante pois o amante do Putin, não tem deputados para governar em maioria e pode dar-se o caso dos partidos em 2º e 3º lugar se coligarem contra ele e juntos, têm votos e maioria para governar. Mas a regra da unanimidade na NATO e UE, deve ser revista para acabar com estas chantagens e com as víboras dentro de fronteiras.

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