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Semana dos Nobel

Nobel da Paz para Narges Mohammadi, iraniana ativista dos direitos das mulheres

06 out, 2023 - 10:02 • Cristina Nascimento , João Pedro Quesado

O regime iraniano deteve Narges Mohammadi 13 vezes, tendo sido condenada cinco vezes a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.

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Foto: Abedin Taherkenareh/EPA
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Foto: DR
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O Nobel da Paz de 2023 foi atribuído a Narges Mohammadi, jornalistas iraniana e ativista dos direitos das mulheres. O anúncio foi feito esta sexta-feira.

Narges Mohammadi, 51 anos, está detida neste momento, precisamente em sequência de ações de defesa dos direitos das mulheres.

O Comité justificou a atribuição do prémio dada a sua "luta contra a opressão das mulheres no Irão e a sua luta para promover os direitos humanos e liberdade para todos".

O regime iraniano deteve Narges Mohammadi 13 vezes, tendo sido condenada cinco vezes a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas.

Em 2022, uma onda de protestos liderados por mulheres iranianas agitou o Irão. Os protestos foram provocados pela morte de uma jovem de 22 anos, enquanto estava detida pela polícia moral do país.

Centenas foram mortos na reação do governo, incluindo pelo menos 44 menores de idade. As Nações Unidas calculam que 20 mil iranianos foram detidos.

"O Prémio deste ano também reconhece as centenas de milhares de pessoas que, no ano anterior, se têm manifestado contra as políticas de descriminação e opressão de mulheres do regime teocrático do Irão2, anunciou o comité. "O mote adotado pelos manifestantes - 'Mulher, Vida, Liberdade' - expressa bem a dedicação e trabalho de Narges Mohammadi", continuou.

O Governo português já se manifestou agradado com esta pela decisão do Comité Nobel Norueguês.

"Portugal saúda o trabalho desta ativista que simboliza o esforço empreendido por muitas e muitos, no Irão e em outras partes do mundo, em prol dos direitos humanos e, em particular, na defesa dos direitos das mulheres. A defesa intransigente dos direitos humanos é uma prioridade transversal da política externa portuguesa", lê-se no comunicado enviado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Na rede social X, a Amnistia Internacional pediu a libertação imediata e incondicional da ativista de 51 anos.

[notícia atualizada às 17h43]

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