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Número de mortos continua a subir. 700 em Israel e 413 em Gaza

08 out, 2023 - 15:20 • Maria Costa Lopes com agências

No total já são quase mil mortos e mais de 4.000 feridos. Combatentes do Hamas invadiram o recinto de um festival em Israel e levaram dezenas de pessoas como reféns.

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Cerca de 700 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque surpresa que as milícias do Hamas iniciaram no sábado a partir de Gaza, segundo um publicação no Facebook do Governo israelita.

Entre os mortos estão pelo menos 44 soldados. A assessoria de imprensa acrescenta que mais de 100 pessoas foram sequestradas e mais de 2.000 ficaram feridas.

Do outro lado da fronteira, em Gaza, o número oficial de mortos subiu para 413 e o número de feridos subiu para 2.300, de acordo com o ministério da Saúde.

No entanto, o exército israelita afirmou ter matado 400 "terroristas" em Gaza e centenas de outros em território israelita.

Depois do ataque surpresa do Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, na manhã de sábado, a troca de tiros prossegue, com numerosos foguetes lançados a partir da Faixa de Gaza e bombardeamentos israelitas contra 426 alvos no Hamas no enclave palestiniano.

Cidadão americano desaparecido, diz pai

O pai de um cidadão americano de 23 anos confirmou que o seu filho está entre os desaparecidos depois do ataque a um festival de música no sábado.

Hersh Golberg-Polin, nascido na Califórnia e com dupla nacionalidade, norte-americana e israelense, mandou uma mensagem aos pais “Amo-vos” e “Sinto muito” enquanto o ataque acontecia, relatou o pai, Jonathan, ao Jerusalem Post.

Os Estados Unidos estão a trabalhar para verificar relatos de que vários americanos foram mortos em Israel, disse o secretário de Estado, Anthony Blinken, às televisões norte-americanas.

Blinken classificou o ataque como o pior desde a Guerra do Yom Kippur em 1973, “mas há uma diferença fundamental. Foi uma guerra de Estado para Estado, de país para país, de exército para exército. Este é um ataque terrorista massivo que está a abater civis israelitas nas suas cidades, nas suas casas.”

“Eles [os rebeldes do Hamas] estão literalmente a arrastar pessoas através da fronteira com Gaza, incluindo um sobrevivente do Holocausto numa cadeira de rodas, mulheres e crianças. Podem imaginar o impacto que isso está a ter em Israel e no resto do mundo”, disse o secretário de Estado.

Festival em Israel tornou-se um pesadelo

As páginas das redes sociais estão a ser inundadas com pessoas desesperadas a tentar encontrar entes queridos, depois de militantes palestinianos do Hamas terem invadido um festival de musica no deserto do Negev, em território israelita, junto à Faixa de Gaza.

Desconhece-se o número de vítimas mortais do ataque no festival. O Canal 12 israelita fala em "dezenas de corpos" encontrados no local durante a noite de sábado.

Uma participante da festa, chamada Ortel, disse que o primeiro sinal de que algo estava errado foi quando uma sirene soou por volta do amanhecer, alertando sobre a existência de foguetes.

Testemunhas oculares disseram que os foguetes foram rapidamente seguidos por tiros. “Eles [militantes] desligaram a eletricidade e de repente, do nada, entraram aos tiros, abriram fogo em todas as direções”, disse ao Canal 12.

“Cinquenta terroristas chegaram em carrinhas, vestidos com uniformes militares”, disse a mesma participante.

A festa ao ar livre tinha começado às 23h de sexta-feira, hora local, e prolongara-se durante a madrugada. Na manhã de sábado os combatentes do Hamas invadiram o recinto e levaram dezenas de pessoas como reféns.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram uma multidão em fuga, a pé e de carro. Muitas famílias estão a partilhar também imagens e vídeos dos festivaleiros raptados.


"Noa estava a celebrar no sul de Israel num festival de música pacífica quando os terroristas do Hamas a sequestraram e arrastaram de Israel para Gaza. Noa é mantida refém pelo Hamas. Ela poderia ser a sua filha, irmã, amiga.", pode ler-se numa publicação no X (antigo Twitter)

Comentários
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  • Cidadao
    08 out, 2023 Lisboa 16:59
    Nisto tudo, pergunta-se como é que uma Nação (Israel) que gasta fortunas em sistemas secretos de Defesa, foi apanhada tão desprevenida, que além de surpreendida por um ataque que devia saber que ia acontecer, nem sequer havia tropas ou defesa militar minimamente eficaz naquela zona. Entre a Secreta Israelita, alguém "pisou na bola" e de maneira catastrófica. E quem ordenou a retirada das tropas, sem a correspondente substituição por outros efetivos, fez o mesmo. Agora podem bombardear o que quiserem, que o mal já está feito

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