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ONU

Mais de 1,4 milhões de crianças sem acesso à escola devido à guerra com Israel

09 out, 2023 - 12:43 • Lusa

Todas as escolas dos territórios palestinianos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza estão encerradas.

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Uma agência das Nações Unidas alertou esta segunda-feira para o facto de mais de 1,4 milhões de crianças terem sido afetadas pelo encerramento das escolas na Faixa de Gaza, medida imposta após o início das hostilidades com Israel.

Segundo o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), que cita o mais recente relatório da ONU, a insegurança e a restrição de movimentos estão a levar ao encerramento das escolas e os cortes de energia estão a tornar quase impossível o ensino à distância através da Internet.

Mais a mais, acrescenta a ONU, todas as escolas da Cisjordânia e de Gaza estão encerradas.

O OCHA sublinhou que mais de meia centena de escolas construídas pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) estão agora a ser utilizadas como abrigos.

"O bem-estar mental dos estudantes e do pessoal docente é negativamente afetado pela atual situação em Gaza", refere o relatório, que alerta também para a deterioração das instalações devido aos ataques.

A UNRWA explicou que, logo que a situação o permita, estes centros oferecerão apoio psicossocial às famílias afetadas e atividades recreativas a, pelo menos, 70.000 crianças e professores.

A UNRWA informou ainda que irá distribuir material escolar a cerca de 60 mil crianças assim que as escolas reabrirem, bem como irá intensificar as aulas de recuperação para as crianças deslocadas, estimadas em cerca de 20 mil.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que baptizou como "Espadas de Ferro".

Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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