09 out, 2023 - 19:24 • Ricardo Vieira
O voo de repatriamento deverá retirar "mais de 150 pessoas" de Israel, que está em estado de guerra após um ataque em larga escala do Hamas, avançou esta segunda-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Um avião C-130 da Força Aérea Portuguesa está a caminho de Telavive e "tem chegada prevista a território israelita esta noite".
O aparelho fará mais do que um voo até Larnaca, em Chipre, para retirar os cidadãos portugueses de Israel.
"Posteriormente, um voo da TAP, fretado pelo Estado Português, trará estes cidadãos até Lisboa", adianta o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em comunicado enviado à Renascença.
"Prevê-se que, ao todo, mais de 150 pessoas conseguirão regressar a Portugal no âmbito desta operação de repatriamento operacionalizada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e pelo Ministério da Defesa Nacional", sublinha o Governo.
A operação de repatriamento acontece na sequência da operação militar lançada pelo Hamas, no sábado, a partir da Faixa de Gaza contra Israel.
O balanço de mortos em Israel na sequência da ofensiva lançada pelo Hamas subiu esta segunda-feira para 800. O número foi adiantando pelo Ministério da Saúde hebraico, que adianta que há pelo menos 2.616 feridos.
Do lado palestiniano, de acordo com as autoridades em Gaza, estão confirmados 560 mortos, a par de 2.900 feridos, desde que Israel lançou a operação Espadas de Ferro em resposta aos ataques do Hamas por ar, terra e mar.
Entretanto, prosseguem também os bombardeamentos da Faixa de Gaza, horas depois de o chefe das Forças de Defesa de Israel (IDF) ter anunciado um "cerco total" ao enclave palestiniano, que está sob controlo do Hamas e sob bloqueio económico de Israel desde 2007.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admite estar profundamente “perturbado” com o anúncio de Israel, que diz que irá fechar totalmente o acesso à Faixa de Gaza.
Numa declaração rápida, de pouco mais de cinco minutos, António Guterres falou pela primeira vez deste o início do conflito. O alto responsável da ONU lembra que a “situação humanitária em Gaza já era muito crítica”, antes do ataque de sábado do Hamas contra Israel, e que tenderá a piorar com o confinamento decretado.