14 out, 2023 - 18:08 • Redação
Em declarações à Renascença, o porta-voz da Crescente Vermelho, Tommaso Della Longa, alerta para a crescente complicação no acesso à Faixa de Gaza, agravando a já crítica situação humanitária.
O representante da organização de ajuda humanitária revelou que a falta de medicamentos, comida, água, eletricidade e combustível está a atingir níveis alarmantes.
"Enquanto o ambiente continuar hostil, vai haver falta de combustível, eletricidade para os hospitais e até medicamentos. Nada está a entrar na Faixa de Gaza. Nos últimos dias, a nossa prioridade tem sido criar condições para as equipas de ajuda humanitária entrarem. É preciso ajuda. As pessoas precisam de medicamentos, comida, água, de apoio", enfatizou Della Longa.
O porta-voz destacou ainda a difícil missão dos cerca de 200 voluntários da Crescente Vermelho no terreno, que operam ambulâncias para tentar fornecer assistência vital.
"Desde sábado, já perdemos sete membros da nossa equipa e também quatro paramédicos do Crescente Vermelho Palestiniano. Morreram em dois incidentes diferentes na Faixa de Gaza. Do lado dos civis, há pessoas que decidiram sair, há outras que decidiram ficar. Já o dissemos antes, mas voltamos a dizer: os civis precisam de ser protegidos, quer queiram sair, quer queiram ficar", alertou Tommaso Della Longa.