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UE pede à Rússia para libertar advogados do líder opositor Alexei Navalny

15 out, 2023 - 16:43

O líder da oposição a Vladimir Putin foi condenado a mais 19 anos em prisão em agosto.

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A União Europeia (UE) pediu este domingo às autoridades russas que libertem "imediatamente" três advogados do líder opositor russo Alexei Navalny, que está preso, para que possam continuar a exercer e a reunirem-se com o seu cliente.

"A UE apela à sua libertação imediata, devem ser autorizados a exercer as suas funções jurídicas e a encontrar-se com o seu cliente, que está injustamente isolado", declarou Peter Stano, porta-voz do alto representante da UE para a Política Externa e de Defesa, Josep Borrell, na rede social X.

Os advogados detidos são Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Alexei Lipster, tendo os três defendido ou estando atualmente a defender Navalny.

Foram detidos há dois dias por alegado envolvimento numa comunidade "extremista", segundo a sua equipa.

O porta-voz afirmou que o sistema jurídico na Rússia foi mais uma vez "instrumentalizado para a repressão".

"Após a detenção de Navalny por motivos políticos, os seus advogados de defesa foram agora detidos", afirmou Stano.

O chefe do departamento jurídico da equipa de Navalny, Vyacheslav Gimadi, escreveu na rede social X que os advogados estão detidos ao abrigo do artigo 91 do Código de Processo Penal, o que significa que têm o estatuto de suspeitos e não de testemunhas.

Navalny, de 47 anos, que já estava a cumprir uma pena de nove anos de prisão por alegada fraude, foi condenado em agosto passado a mais 19 anos de prisão por criar uma organização extremista, uma referência à FBK, fundada em 2011 e proibida há dois anos.

A FBK irritava muito o Kremlin, porque denunciava o enriquecimento ilícito de altos funcionários, incluindo o Presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusava, em 2021, de possuir um sumptuoso palácio nas margens do Mar Negro.

Além disso, foi também acusado de financiar e instigar atividades extremistas, criar uma organização que atentava contra os direitos dos cidadãos e envolver menores em ações perigosas, referindo-se a manifestações não autorizadas da oposição.

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