18 out, 2023 - 08:23 • Olímpia Mairos , com agências
O secretário-geral da ONU, António Guterres, diz estar "horrorizado" com o assassínio de centenas de civis palestinianos no ataque a um hospital em Gaza, assinalando que instalações hospitalares e pessoal médico "estão protegidos pelo Direito Internacional Humanitário".
Numa publicação na plataforma X na noite de terça-feira, Guterres "condenou fortemente" o ataque e disse que o seu "coração está com as famílias das vítimas".
O secretário-geral da ONU apela a um cessar-fogo humanitário imediato, defendendo que o ataque do Hamas a 7 de outubro não justifica a punição coletiva do povo palestiniano.
Num comunicado oficial, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, além de condenar o ataque ao hospital - que teve "mulheres e crianças" entre as vítimas -, condenou também o ataque de terça-feira a uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, no campo de refugiados de Al-Maghazi, em Gaza, que matou pelo menos seis pessoas.
"O secretário-geral apresenta as suas sinceras condolências às famílias das vítimas e deseja uma rápida recuperação aos feridos", indicou Dujarric.
António Guterres enfatizou ainda "que hospitais, clínicas, pessoal médico e instalações da ONU estão explicitamente protegidos pelo direito internacional", conclui o documento.
De acordo com o ministério da saúde da faixa de gaza, terão morrido pelo menos 500 pessoas na sequência da queda de um rocket sobre um hospital na cidade de Gaza.
O Hamas fala de crime de guerra por parte de Israel.
Na resposta, as forças armadas israelitas empurram responsabilidades para a Jihad Islâmica, alegando que este rocket teria Israel como alvo, mas acabou por tomar a direção errada.