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Guerra no Médio Oriente

De visita a Israel, Biden atribui ataque a hospital de Gaza ao Hamas

18 out, 2023 - 11:13 • Lusa

"Com base no que vi, parece que foi feito pela outra parte, não por vocês", diz Presidente dos EUA ao lado de Netanyahu à chegada a Telavive.

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Foto: Reuters
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Foto: Ali Jadallah/Anadolu via EPA
Foto: Ali Jadallah/Anadolu via EPA

O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou esta quarta-feira em Telavive, ao lado do primeiro-ministro israelita, que a explosão num hospital de Gaza que provocou centenas de mortos terá sido da responsabilidade de grupos palestinianos.

"Com base no que vi, parece que foi feito pela outra parte, não por vocês", disse Biden numa conferência de imprensa conjunta com Benjamin Netanyahu, pouco depois de ter chegado a Israel.

Biden apoiou assim a versão das autoridades israelitas, que atribuíram aos combatentes palestinianos a responsabilidade pela explosão no hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira.

A explosão matou pelo menos 500 pessoas, segundo o grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e por Israel.

Israel negou ter bombardeado o hospital e atribuiu a explosão a um disparo falhado do grupo palestiniano Jihad Islâmica, que também responsabilizou o exército israelita pelo ataque.

"Fiquei profundamente triste e chocado com a explosão ocorrida ontem [terça-feira] no hospital de Gaza", disse Biden a Netanyahu.

"Temos também de ter em conta que o Hamas não representa todo o povo palestiniano e só lhe trouxe sofrimento", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.

Biden deverá encontrar-se com as famílias das vítimas do ataque dos comandos do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que Israel disse ter provocado 1.400 mortos.

"Os americanos estão de luto consigo", disse Biden a Netanyahu.

Israel respondeu ao ataque do Hamas com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza que já mataram mais de três mil pessoas e ameaçou invadir o território para aniquilar o grupo islamita.

Netanyahu considerou que a visita de Biden em plena guerra mostra "o seu profundo compromisso com Israel, com o futuro do povo judeu e com o Estado judeu".

"Tal como o mundo civilizado se uniu para derrotar os nazis e se uniu para derrotar o Estado Islâmico, deve unir-se para derrotar o Hamas", afirmou, repetindo uma frase que tem usado nos contactos com outros líderes estrangeiros.

Biden deveria também participar numa cimeira na Jordânia com o rei Abdullah II e os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, e da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, mas Amã cancelou a cimeira após a explosão no hospital.

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  • Joaquim Correto
    18 out, 2023 Paços 13:13
    Claro, porque caso contrário o Netanyahu tinha que ser acusado de crimes de guerra! Até arranjaram uma conversação forjada e tudo!

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