21 out, 2023 - 15:46 • Lusa
Manifestações de apoio à Palestina saíram às ruas nas últimas horas em várias cidades do mundo, instando Israel a parar as hostilidades na faixa de Gaza, onde a população do enclave enfrenta bombardeamentos e uma crítica falta de bens.
Quando a guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas entra na sua terceira semana, e no dia em que uma pequena quantidade de ajuda entrou em Gaza, manifestantes pró-Palestina reuniram-se à chuva em Marble Arch, perto do Hyde Park, em Londres, antes de marcharem para a zona onde se concentram as principais instituições do poder britânico.
Agitando bandeiras palestinianas, segundo o relato da agência Associated Press, os participantes apelaram para o fim do bloqueio a Gaza e dos ataques aéreos israelitas lançados na sequência de uma incursão brutal no sul de Israel pelo grupo islamita Hamas, que controla o enclave.
As autoridades britânicas instaram os manifestantes a terem em conta a dor e a ansiedade sentidas pela comunidade judaica.
Guerra Israel-Hamas
O Presidente da Autoridade Palestiniana disse que (...)
A força da Polícia Metropolitana de Londres afirma ter registado um aumento de 13 vezes dos relatos de crimes antissemitas em outubro, em comparação com o ano passado, enquanto os relatos de crimes antimuçulmanos mais do que duplicaram.
A polícia disse que houve alguns episódios de desordem e também registo de casos de "discurso de ódio" durante os protestos, mas "a maior parte da atividade de protesto decorreu dentro da lei e sem incidentes".
Em Espanha, centenas de manifestantes pró-palestinianos ocuparam um hotel no centro de Barcelona durante cerca de uma hora em protesto contra o confronto no Médio Oriente.
Segundo a polícia local citada pela agência Efe, entre 90 e 100 pessoas que participavam na manifestação a favor da Palestina entraram no átrio do Hotel Cortés, propriedade segundo os organizadores de um magnata israelita.
Cimeira do Cairo
O secretário-geral da ONU sublinhou que os camiões(...)
Os manifestantes, ativistas de diferentes movimentos, incluindo sindicatos, acederam às varandas da fachada, retiraram as bandeiras de vários países que nela estavam hasteadas e substituíram-nas por palestinianas.
Com esta ação, pretendiam denunciar o "genocídio da Palestina" e a inação internacional contra os ataques de Israel.
A polícia destacou que, após uma hora dentro do estabelecimento, os manifestantes abandonaram o local por conta própria, embora não se saiba até o momento se ocorreram detenções ou danos.
Na Austrália, milhares de pessoas marcharam no centro de Sydney, gritando "Vergonha, vergonha, Israel" e "A Palestina nunca morrerá".
As autoridades de Gaza afirmam que mais de 4.300 pessoas foram mortas no território desde o início da guerra.
Mais de 1.400 pessoas foram, por sua vez, mortas em Israel, a maioria civis mortos durante a incursão mortal do Hamas em 7 de outubro.