23 out, 2023 - 18:32 • Diogo Camilo com redação
Cerca de 50 reféns do Hamas podem estar, tudo indica, prestes a ser libertados, avança o canal de notícias israelita I24. A mesma notícia está a ser avança pelo jornal britânico “The Guardian".
O I24 relata que está em curso a "finalização de um possível acordo", mediado pelo Qatar, para a libertação de cerca de 50 reféns do Hamas que possuem dupla nacionalidade.
O canal adianta ainda que representantes da Cruz Vermelha estão já a caminho para receber o grupo, e a libertação poderá ser concluída "nas próximas horas".
Na passada sexta-feira, recorde-se, o Hamas libertou dois cidadãos dos Estados Unidos da América, Natalie Raanan, 19 anos, e sua mãe Judith, 59 anos, alegadamente por "razões humanitárias".
O ataque transfronteiriço do Hamas a 7 de outubro em Israel fez pelo menos 222 reféns, confirmaram esta segunda-feira as forças militares israelitas.
Em conferência de imprensa, o porta-voz militar de Israel indicou que o total de desaparecidos inclui um número não determinado de cidadãos estrangeiros. “Estamos a trabalhar de todas as maneiras para libertar os reféns e trazê-los para as suas casas”, disse o contra-almirante Daniel Hagari, indicando que durante a última noite foram realizados ataques em Gaza através de tanques e forças de infantaria.
“Estas incursões mataram grupos de terroristas que se preparavam para a próxima fase da guerra”, acrescentou, referindo que outro dos objetivos era encontrar informações sobre os desaparecidos e reféns.
O oficial israelita referiu que as intervenções permitiram perceber que “os terroristas estão a organizar-se” e que o objetivo de Israel é “reduzir essas ameaças”.
No domingo, o braço armado do Hamas, a Brigada Izz el-Deen al-Qassam, indicou que as forças do grupo conseguiram infiltrar-se a este de Khan Younis, no sul de Gaza.
Desde o ataque de 7 de outubro, no qual o Hamas invade cidades israelitas, foram mortas 1.400 pessoas. Na contra ofensiva israelita dos dias seguintes, com lançamento de mísseis, foram registadas pelo menos 4.600 vítimas mortais.