27 out, 2023 - 13:31 • Lusa
O movimento islamita Hamas recusa libertar os civis que raptou em Israel até haver um cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza, declarou um membro duma delegação do grupo que visitou Moscovo, citado esta sexta-feira pelo jornal russo Kommersant.
Abu Hamid afirmou que o Hamas manifestou a intenção de libertar “prisioneiros civis” desde os primeiros dias da guerra, mas precisa de tempo para encontrar todos os reféns que foram levados para a Faixa de Gaza em 07 de outubro.
“Centenas de cidadãos e dezenas de combatentes de várias fações palestinianas entraram nos territórios ocupados em 1948 (…) e capturaram dezenas de pessoas, a maioria destas civis, e precisamos de tempo para encontrá-los na Faixa de Gaza e os libertar”, afirmou.
“O bombardeamento israelita matou até agora 50 prisioneiros”, alegou.
O representante do Hamas disse ainda que durante a sua visita a Moscovo, a delegação da ala política do movimento islamita apresentou “aos amigos russos as razões do ataque de 07 de outubro”, em que militanes do grupo assassinaram 1.400 pessoas em Israel, a maioria civis, e raptaram mais de 200.
“A Federação Russa é um país amigo do povo palestiniano e mantém relações com todos os representantes do povo palestiniano. Estamos sempre prontos para consultá-los sobre vários assuntos”, acrescentou.
Na reunião, a Rússia exigiu que o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuq, liberte imediatamente os estrangeiros raptados na Faixa de Gaza.
O Exército israelita elevou hoje para 229 o número de reféns ainda detidos pelo Hamas e outras milícias na Faixa de Gaza.
Na semana passada, Abu Obeida disse que havia um total de 250 reféns: 200 detidos pelas Brigadas al-Qasam e 50 detidos por outras milícias palestinianas.