28 out, 2023 - 11:33 • Lusa
Quase 29 mil deslocados entraram no Líbano desde o início da violência na fronteira com Israel, na sequência do conflito com o grupo islamita Hamas, segundo dados das Nações Unidas.
Num relatório divulgado este sábado, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) indica que a escalada na fronteira israelo-libanesa -- que começou após um ataque a Israel por parte do grupo islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro - deslocou 28.965 pessoas, principalmente no sul do Líbano, que faz fronteira com Israel.
A OIM destacou um aumento de 37% no número de pessoas deslocadas, em comparação com o seu último relatório de terça-feira, quando tinha registado o número de 21 mil pessoas deslocadas.
Muitos destes deslocados juntaram-se a familiares ou alugaram apartamentos em regiões mais distantes, no norte e centro do país, enquanto outros refugiaram-se em abrigos na cidade costeira de Tiro e na região de Hasbaya (sudeste).
Em Israel, dezenas de comunidades receberam ordens de saída das localidades.
Pelo menos 58 pessoas foram mortas de forma violenta no lado libanês, a maioria combatentes do grupo Hezbollah, mas também pelo menos quatro civis, incluindo o jornalista da agência Reuters Issam Abdallah.
O Exército israelita relatou quatro mortes, incluindo um civil.
Hoje, o Hezbollah afirmou ter disparado foguetes contra várias posições israelitas.
O Exército israelita anunciou, na rede social X (antigo Twitter), que "vários tiros disparados do Líbano em direção a Israel caíram na Síria", país que faz fronteira com o Líbano e Israel.
Vários analistas consideram que, mesmo que os confrontos permaneçam relativamente contidos até agora, a probabilidade de o movimento Hezbollah se envolver mais no conflito dependerá de uma possível operação terrestre israelita em Gaza.
O ataque do Hamas matou pelo menos 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis, segundo as autoridades israelitas, e os ataques retaliatórios israelitas em Gaza mataram mais de 7.300 pessoas, incluindo mais de 3 mil crianças, segundo o Ministério da Defesa.