31 out, 2023 - 11:04 • Redação
As autoridades de saúde belgas interceptaram um lote de injeções falsificadas do medicamento "Semaglutida", indicado para tratar a diabetes e obesidade, mas que, na verdade, continha insulina.
As principais marcas comerciais sob as quais este princípio ativo é comercializado são Ozempic, indicada para diabetes, e Wegovy (para obesidade), ambas produzidas pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk.
A informação foi confirmada à Reuters por um porta-voz da Agência Federal de Medicamentos da Bélgica, que acrescentou que este ano já houve nove pacotes enviados por correio que foram detetados fora dos canais legais do setor farmacêutico.
Versões falsificadas de Ozempic e Weogovy tornaram-se um problema de saúde pública na Europa nas últimas semanas devido à capacidade de fazer com que os pacientes que os tomam percam até 15% do seu peso, o que aumentou a procura.
Há três semanas, a Novo Nordisk denunciou a presença crescente de versões fraudulentas dos seus medicamentos à venda na Internet.
Estas unidades, detetadas em vários países da União Europeia e do Reino Unido, provinham de duas empresas da Áustria e da Alemanha e estavam etiquetadas em alemão. Neste caso, porém, os produtos não foram colocados à venda nas farmácias nem chegaram aos consumidores, de acordo com as últimas informações disponíveis.
Na semana passada, a Áustria e o Reino Unido relataram que vários pacientes foram hospitalizados após sofrerem episódios graves de hipoglicemia e convulsões após receberem injeções de Ozempic compradas irregularmente na internet. O uso descontrolado de insulina pode ser fatal devido às quedas repentinas nos níveis de açúcar no sangue que causa.
Fora da Europa, o governo australiano também informou que as autoridades de saúde do país “identificaram 14 casos de uso de injeções fraudulentas” contendo semaglutida, segundo a Reuters.