06 nov, 2023 - 15:44 • Lusa
O primeiro-ministro jordano, Bisher al-Khasawneh, advertiu esta segunda-feira que qualquer tentativa de Israel de criar condições para a deslocação de palestinianos da Faixa de Gaza ou da Cisjordânia será considerada como uma “declaração de guerra”.
Al-Khasawneh sublinhou que a saída forçada dos palestinianos dos seus territórios devido aos ataques das Forças de Defesa de Israel (IDF) é uma das “linhas vermelhas” da sua política, segundo a agência de notícias jordana, Petra. O rei Abdullah II da Jordânia manifestou anteriormente o seu apoio à Palestina e sublinhou ainda que é o dever de Amã ajudar os feridos na Faixa de Gaza.
“A Jordânia continuará a ser o mais próximo apoiante dos seus irmãos palestinianos”, afirmou nas redes sociais. A 7 de outubro, o Hamas – classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel – efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que cumpre esta segunda o 31º dia e que continua a ameaçar alastrar-se a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 10 mil mortos, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas.