07 nov, 2023 - 07:00 • João Carlos Malta , Miguel Marques Ribeiro Rodrigo Machado (ilustração), Salomé Esteves (infografia)
Os ataques lançados a 7 de outubro pelo Hamas no sul e leste de Israel puseram, mais uma vez, o Médio Oriente a ferro a fogo.
A guerra tem raízes profundas que envolvem fatores culturais, históricos e religiosos e suscita reações inflamadas que a violência da resposta israelita das últimas semanas veio agudizar.
Paralelamente ao teatro de operações, um outro campo de batalha tem crescido desenfreadamente no espaço público. Nas redes sociais, em manifestações de rua e espaços de debate nos media, os dois lados arregimentam-se nos seus argumentos simultaneamente válidos de um certo ponto de vista irredutível e incompatíveis com o seu contrário.
Pelo meio, a invasão iminente da Faixa de Gaza pelo exército israelita continua a provocar o sofrimento de milhares de pessoas, sobretudo mulheres e crianças, enquanto centenas esperam, em Israel, o regresso dos seus familiares sequestrados pelo Hamas.
Outra das vítimas desta guerra têm sido os jornalistas. Esta é a guerra mais mortal para o jornalismo neste século, tendo vitimado no primeiro mês 36 jornalistas.
Assim, é difícil ficar indiferente a este conflito que tomou de assalto a agenda informativa e relegou para segundo plano outros temas prementes, como a guerra da Ucrânia e as alterações climáticas.
Mas será que é possível manter uma posição equidistante, equilibrada, que mantenha abertas as vias do diálogo? A Renascença foi ouvir um conjunto de especialistas sobre tema, numa altura em que passa um mês desde o início do conflito.