10 nov, 2023 - 17:08 • Lusa
O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman condenou esta sexta-feira os ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza e apelou para o fim dos combates e da deslocação forçada dos palestinianos.
"Condenamos a agressão militar e as contínuas violações do direito internacional em Gaza por parte das autoridades de ocupação israelitas", afirmou Bin Salman na abertura de uma cimeira saudita com os países africanos em Riade.
Bin Salman apelou à necessidade de criar mecanismos para estabelecer a estabilidade e a paz na região, segundo a emissora saudita Al Arabiya.
"Insistimos na necessidade de acabar com esta guerra e com a deslocação forçada dos palestinianos", disse, citado pela agência espanhola Europa Press.
Bin Salman fez as declarações no momento em que estão a ser ultimados os preparativos para uma cimeira de emergência da Liga Árabe.
A cimeira, que contará com muitos dos Estados-membros da Liga Árabe, realiza-se no sábado, na capital saudita, Riade.
Os chefes de diplomacia da Liga Árabe aprovaram na quinta-feira um projeto de resolução que se centrará nas formas de conseguir "a suspensão da guerra contra a Faixa de Gaza", segundo a agência espanhola EFE.
Os 22 membros da Liga Árabe vão também discutir a forma de "abordar os planos de êxodo e as deslocações impostas pelo exército israelita aos habitantes da Faixa de Gaza de forma forçada".
Trata-se de uma referência aos pedidos de Israel para que a população do norte da Faixa de Gaza se desloque para sul para facilitar a ofensiva terrestre contra o Hamas.
Riade também vai acolher, no domingo, uma cimeira da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para abordar a guerra entre Israel e o Hamas do ponto de vista dos 57 países muçulmanos que compõem a organização.
Israel e a Arábia Saudita tinham iniciado negociações para o estabelecimento de relações, mas o processo foi suspenso com o início da guerra entre israelitas e o grupo islamita palestiniano Hamas.
A guerra foi desencadeada pelos massacres perpetrados em Israel em 07 de outubro pelo Hamas, que causaram mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades israelitas.
Os atacantes também raptaram mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantêm como reféns na Fixa de Gaza.
As represálias de Israel, que afirma querer aniquilar o Hamas, causaram mais de 11 mil mortos na Faixa de Gaza, sobretudo civis, segundo o Hamas.