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Guerra no médio oriente

UE pede "contenção" a Telavive e condena Hamas por usar escudos humanos

13 nov, 2023 - 11:00 • Lusa

Na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, os 27 membros demonstraram-se preocupados com a situação dos hospitais em Gaza.

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O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) pediu esta segunda-feira contenção a Israel na Faixa de Gaza, após o apelo europeu para pausas humanitárias imediatas, condenando também o movimento islamita Hamas por usar civis como "escudos humanos".

"Pedimos a Israel que mostre a máxima contenção para salvar vidas civis. Condenamos a utilização pelo Hamas de pessoas e hospitais como escudos [humanos]", disse o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.

Falando à chegada à reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, o responsável acrescentou que os 27 também manifestam "preocupação com a terrível situação dos hospitais que estão a ser fortemente afetados pelos bombardeamentos".

A posição surge dias depois de a Casa Branca ter anunciado que Telavive concordou com pausas humanitárias diárias de quatro horas nos seus ataques no norte da Faixa de Gaza.

No domingo, numa declaração em nome dos 27 chefes da diplomacia da União, Josep Borrell assinalou que a UE "está seriamente preocupada com o agravamento da crise humanitária em Gaza".

"A UE associa-se aos apelos a pausas imediatas nas hostilidades e à criação de corredores humanitários, nomeadamente através de uma maior capacidade nos postos fronteiriços e de uma rota marítima específica, para que a ajuda humanitária possa chegar em segurança à população de Gaza", exortou o Alto Representante da União.

Esta segunda-feira, na chegada ao Conselho de Negócios Estrangeiros, Josep Borrell admitiu que "tem sido difícil" alcançar uma voz a 27 sobre o conflito entre Israel e o Hamas, nomeadamente "depois da votação nas Nações Unidas, em que os países [europeus] votaram de formas diferentes".

"Gaza precisa de mais ajuda de todos os pontos de vista - água, combustível, alimentos. Esta ajuda está disponível, está na fronteira, à espera de entrar", vincou.

Nas declarações, Josep Borrell pediu ainda que a UE "não se esqueça da Ucrânia [porque] a luta continua" após novos bombardeamentos.

De acordo com o responsável, o apoio europeu às autoridades ucranianas "está a aumentar".

"Posso dizer-vos que atingiu o nível de 27 mil milhões de euros de apoio militar e é o valor mais elevado alguma vez atingido. Continuamos a treinar soldados ucranianos, continuamos a apoiar a Ucrânia", concluiu.

Os chefes da diplomacia da União Europeia reúnem-se esta segunda-feira para discutir a guerra da Ucrânia causada pela invasão russa e o conflito entre Israel e Hamas, numa altura em que a Comissão Europeia prepara novas sanções à Rússia.

Portugal estará representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

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