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Biden voltar a chamar ditador a Xi Jinping. China considera declarações irresponsáveis

16 nov, 2023 - 11:35 • Lusa

"Esta declaração é extremamente errada e um ato político irresponsável. A China opõe-se firmemente", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

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A China classificou como irresponsáveis as declarações do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que voltou a chamar ditador ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, pouco depois de reunir com ele em São Francisco.

"Esta declaração é extremamente errada e um ato político irresponsável. A China opõe-se firmemente", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Biden reiterou na quarta-feira que Xi é um ditador, durante uma conferência de imprensa, depois de ter reunido com o homólogo chinês, durante mais de quatro horas, numa mansão conhecida como 'Filoli', a cerca de 40 quilómetros do centro de São Francisco e à margem do Fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

"É preciso notar que há sempre pessoas com segundas intenções que tentam instigar e minar as relações entre a China e os EUA", acrescentou.

De acordo com Mao, "essas pessoas estão bem cientes de quem está a tentar danificar as relações sino-americanas" e sublinhou que "não terão sucesso".

As observações de Biden foram feitas em resposta a um repórter que lhe perguntou se ainda considera Xi um ditador. O líder dos EUA respondeu: "bem, olha, ele é".

Numa angariação de fundos para a sua campanha para as eleições de 2024, em junho passado, Biden começou por chamar "ditador" a Xi, o que causou grande desconforto em Pequim.

Num outro evento de angariação de fundos, na terça-feira, em São Francisco, e na véspera do encontro, o líder norte-americano disse que a China tem "problemas sérios", sem especificar exatamente a que se referia.

Os dois líderes devem voltar a encontrar-se esta semana no segmento de alto nível da cimeira da APEC, que decorre até sexta-feira em São Francisco e na qual participam também os presidentes do México, Chile, Colômbia e Vietname, bem como os primeiros-ministros do Canadá, Austrália e Japão, entre outros.

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