17 nov, 2023 - 07:32 • Redação
A SpaceX vai tentar um segundo voo de teste do maior foguetão do mundo este sábado, com grandes expectativas após o primeiro lançamento de abril, avança o The Guardian. No primeiro lançamento, o foguetão pulverizou a plataforma de lançamento durante a decolagem e depois acabou por explodir em altitude.
A SpaceX, que também opera foguetões menores para lançar satélites, bem como missões espaciais para a Estação Espacial Internacional, obteve aprovação esta semana da Administração Federal de Aviação para que o teste fosse realizado.
O fundador da empresa, Elon Musk, espera que o Starship seja o primeiro passo para uma jornada humana a Marte, com o sistema projetado para transportar até 100 astronautas. Quase do tamanho de três jatos de passageiros, a nave é 10 metros mais alta que o foguete Saturno V, que levou humanos à lua em 1969.
Para este segundo teste, o foguete teve várias atualizações, incluindo um novo escudo térmico instalado no booster - a parte inferior do sistema que fornece impulso para tirar o foguetão do solo antes de se separar do navio de cruzeiro. Durante o lançamento de abril, essa separação não aconteceu com sucesso.
Os segmentos superior e inferior do sistema são projetados para retornar com segurança à Terra para um pouso suave, para que possam ser reutilizados, sendo significativamente mais barato do que construir peças novas.
Musk disse que desenvolveu a Starship para que os humanos possam, eventualmente, tornar-se uma “espécie multiplanetária”. Para isso, ele pretende iniciar a colonização do planeta Marte, que, segundo o empresário, é necessária para preservar a humanidade no caso de um evento de destruição do planeta Terra, como um asteróide ou uma pandemia mortal.
A SpaceX afirma que a Starship, que tem capacidade de carga útil até 150 toneladas, vai ser capaz de transportar dezenas de pessoas em voos interplanetários de longa duração.
A Nasa contratou a empresa para levar astronautas, incluindo a primeira mulher, à lua já em 2025.
A empresa também anunciou planos a longo prazo para usar a nave como "autocarro espacial" para viagens comerciais na Terra, prometendo viagens de Londres a Tóquio em menos de uma hora.