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OMS, UNICEF e Nações Unidas defendem atenção à saúde materna e infantil na agenda climática

21 nov, 2023 - 20:11 • Lusa

A título de exemplo, o apelo refere que o aquecimento global contribui para o aumento da propagação de doenças como a cólera, malária e dengue, com "consequências terríveis" para grávidas e crianças.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS), a UNICEF e as Nações Unidas defenderam hoje que a saúde das grávidas e crianças deve fazer parte da agenda climática, alertando que são grupos particularmente vulneráveis às alterações climáticas.

O apelo conjunto foi feito hoje pela OMS, a UNICEF e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA, na sigla em inglês), responsável pela saúde sexual e reprodutiva, a menos de duas semanas do início da 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP28), que decorre entre 30 de novembro e 12 de dezembro no Dubai.

No texto, sublinham que as grávidas, recém-nascidos e crianças são particularmente vulneráveis aos impactos das alterações climáticas e lamenta que os efeitos de eventos climáticos na saúde destes grupos tenham vindo a ser "negligenciados, desprotegidos e subestimados".

A título de exemplo, o apelo refere que o aquecimento global contribui para o aumento da propagação de doenças como a cólera, malária e dengue, com "consequências terríveis" para grávidas e crianças.

"As alterações climáticas representam uma ameaça existencial para todos nós, mas as grávidas, bebés e crianças enfrentam algumas das consequências mais graves", alertou o diretor-geral adjunto para a Cobertura Universal de Saúde da OMS, Bruce Aylward.

De acordo com as organizações, são muito poucos os planos de resposta nacionais às alterações climáticas que referem a saúde materna e infantil, considerado uma "omissão flagrante e emblemática da atenção inadequada às necessidades das mulheres, dos recém-nascidos e das crianças no discurso sobre as alterações climáticas".

A propósito das crianças, o diretor executivo de Programas da UNICEF, Omar Abdi, afirmou que a ação climática ignora, com frequência, que os seus corpos e mentes são particularmente vulneráveis à poluição, doenças fatais ou temperaturas extremas e defendeu que é tempo de colocar os mais novos na agenda das alterações climáticas.

"Para chegar a soluções climáticas que reconheçam as necessidades sanitárias e vulnerabilidades distintas de mulheres e raparigas, temos de começar por colocar as questões certas", disse, por outro lado, a diretora executiva para programas da UNFPA, Diene Keita, sublinhando que as soluções climáticas devem apoiar e não sacrificar a igualdade de género.

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MCA // JMR.

Lusa/Fim.

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