23 nov, 2023 - 20:38 • Lusa
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, declarou-se "horrorizado" com o ataque com arma branca ocorrido esta quinta-feira no centro de Dublin que fez quatro feridos, três dos quais crianças, e confirmou que o agressor se encontra sob custódia policial.
“Tenho estado em contacto com a ministra da Justiça (Helen McEntee), que me mantém informado. Os factos sobre este incidente continuam a ser esclarecidos”, escreveu Varadkar na sua conta da rede social X (antigo Twitter).
O chefe do executivo da Irlanda destacou a rapidez com que os serviços de emergência chegaram ao local do ataque para transportar para diferentes hospitais da capital os feridos, entre os quais se encontrava também uma mulher, além do próprio agressor que, aparentemente, se esfaqueou também a si mesmo.
Varadkar indicou que a Garda (força policial nacional civil da República da Irlanda, com atribuições de polícia judiciária e polícia preventiva fardada) deteve “um suspeito” de cerca de 40 anos e que “tem uma linha de investigação definida” em curso.
Segundo as forças da ordem, um dos menores — uma menina de cinco anos — e a mulher, de cerca de 30, apresentam “ferimentos graves” em consequência do ataque perpetrado numa zona muito movimentada da capital irlandesa e próxima de um infantário, pouco depois das 13:30 TMG (a mesma hora de Lisboa).
Em declarações à estação pública irlandesa RTE, uma testemunha ocular, Siobhan Kearney, explicou como tentou ajudar, juntamente com outra cidadã, perante uma situação que descreveu como “caos absoluto”.
“Olhei para o outro lado da rua e vi o homem e os gestos de esfaqueamento em frente a muitas crianças, pelo que atravessei a estrada. O homem tinha acabado de esfaquear duas crianças”, relatou.
Kearney indicou que várias pessoas “tentaram atacar o suspeito” e que ela e outra “senhora norte-americana” formaram um círculo “em torno do homem”.
"Três minutos mais tarde, chegou a ambulância para levar as crianças e depois outra ambulância e bombeiros para se ocuparem do homem no chão”.
Segundo a RTE, a mulher, funcionária do infantário, e a menina de cinco anos estão em estado grave, ao passo que os outros feridos se encontram fora de perigo.
O local do ataque foi vedado por um cordão de segurança para facilitar os exames forenses.
A Garda indicou que tem “uma linha de investigação definida” em marcha e que não está, de momento, à procura de qualquer outra pessoa relacionada com este ataque.
A mesma unidade policial garantiu estar a tentar esclarecer o motivo do ataque e informou de que não há, por enquanto, suspeitas de que se tenha tratado de um atentado terrorista, tendo-o classificado como “um incidente isolado que está sob controlo”.