25 nov, 2023 - 02:52 • Lusa
As forças armadas israelitas (IDF) indicaram que 200 camiões com ajuda humanitária entraram na sexta-feira em Gaza, através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, e foram entregues a organizações internacionais de ajuda.
"O fluxo contínuo de ajuda humanitária foi aprovado pelo Governo de Israel como parte do quadro para a libertação dos reféns acordado com os Estados Unidos e mediado pelo Qatar e o Egito", refere comunicado divulgado pelas IDF na noite de sexta-feira.
As IDF divulgaram também um vídeo que mostra uma longa caravana de camiões após uma inspeção de segurança, alegadamente em Rafah, posto fronteiriço egípcio por onde são abastecidas as organizações que prestam assistência no sul da Faixa de Gaza.
Ao 49.º dia, a guerra entre Israel e o Hamas conheceu pela primeira vez uma trégua, marcada por uma histórica troca de 24 dos reféns, incluindo uma luso-israelita em posse do movimento islamita, e 39 prisioneiros palestinianos.
Acompanhando a trégua de quatro dias, que entrou em vigor às 07h00 locais (05h00 em Lisboa), caravanas de ajuda humanitária puderam entrar na Faixa de Gaza, que se encontrava isolada e à beira do colapso, sem luz, água e combustível, e onde as unidades de saúde encerravam uma atrás da outra por falta de condições, com 2,4 milhões de habitantes do enclave a enfrentarem escassez de água e comida.
Às 16h00 locais (14h00 em Lisboa), o Hamas continuava a cumprir o acordado e começou a libertar a primeira parte dos reféns envolvidos no entendimento, 24 ao todo, incluindo 13 israelitas, 10 tailandeses e um filipino, entregues à Cruz Vermelha Internacional.
Mais tarde, coube a Israel cumprir a sua parte do acordo e libertar por sua vez 39 palestinianos que se encontravam em três prisões israelitas. Vinte e oito foram deixados na Cisjordânia, enquanto os outros 11 foram levados para Jerusalém Oriental.
No grupo estavam 15 menores e 24 mulheres, segundo a lista divulgada pela comissão responsável pelos prisioneiros da Autoridade Palestiniana, num dia marcado por reencontros, mas sem lugar a festejos exuberantes em Israel, onde a polícia anunciou que proibia qualquer celebração da libertação de prisioneiros em Jerusalém.