30 nov, 2023 - 13:11 • Lusa
O alemão suspeito da morte da menina britânica Madeleine McCann vai ser julgado na Alemanha por outros cinco crimes e delitos sexuais, cometidos entre 2000 e 2017 em Portugal, anunciou nesta quinta-feira o tribunal de Brunswick.
Atualmente detido na Alemanha, o suspeito responderá a partir de 16 fevereiro por três alegadas violações e dois abusos sexuais sobre crianças, num momento em que o inquérito sobre a sua implicação no desaparecimento da pequena Maddie continua em curso, precisou a comarca, em comunicado.
Há um mês, a Polícia Judiciária portuguesa esclareceu que, na investigação ao desaparecimento da criança inglesa, no Algarve, em 2007, continuam a ser desenvolvidas diligências, visando o esclarecimento da situação, e que foram realizados contactos com familiares de Madeleine McCann.
Detido em Kiel, no norte do país, o homem foi já condenado em 2019 pela violação de uma turista norte-americana de 72 anos, em 2005, na localidade portuguesa da Praia da Luz, onde em 3 de maio de 2007 desapareceu Madeleine McCann, que passava férias com os pais e amigos.
Sobre estes factos, as investigações prosseguem e o Ministério Público alemão ainda não formulou acusação pela morte de Madeleine McCann, conhecida por Maddie.
Os cinco casos que serão julgados durante o processo agendado para fevereiro ocorreram entre 2000 e 2017, em Portugal.
Trata-se de uma violação de uma mulher com mais de 70 anos, cometida entre 2000 e 2006 e que filmou. A vítima, agredida na sua segunda residência, foi violada e açoitada.
É também processado por ter amarrado nua, a um poste, uma jovem alemã de 14 anos, entre 2000 e 2006, antes de a chicotear e de a obrigar a fazer sexo oral, numa agressão que também foi filmada.
O terceiro caso diz respeito à violação, a 16 de junho de 2004, na Praia da Rocha, de uma irlandesa de 20 anos, à qual conseguiu chegar entrando por uma varanda.
Os dois últimos são agressões sexuais contra uma menina alemã de 10 anos, numa praia do distrito de Faro, em 7 de abril de 2007, e, em 11 de junho de 2017, em Bartolomeu de Messines, contra uma menina portuguesa de 11 anos.